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Líderes religiosos falam sobre os caminhos para promover a paz

Eles participaram do programa "Bate-Papo" da rádio CBN (91.3) nesta quarta-feira

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23/12/2015 às 15:29 • Atualizada em 01/09/2022 às 2:38 - há XX semanas
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O programa “Bate-Papo CBN” desta quarta-feira (23) reuniu cinco líderes religiosos de diferentes crenças para uma conversa sobre a paz, que é ainda mais falada e buscada nesta época do ano. Em clima de harmonia, o presidente do Centro Espírita Casa de Redenção Joana de Angelis, Luciano Menezes, o líder espiritual dos muçulmanos na Bahia e do Centro Cultural Islâmico da Bahia, Sheikh Abdul Ahmad, Mãe Carmem, do Ilê Axé Oyá Mesi, o coordenador da Comissão Arquidiocesana de Ecumenismo e Diálogo Inter-Religioso, Frei Jorge Rocha e o vice-presidente da Coordenadoria Ecumênica de Serviço e presidente da Aliança de Batistas do Brasil, Pastor Joel Zeferino destacaram que, apesar das diferenças de seguimentos e crenças, o que todas as religiões têm em comum é a busca pela paz.
Foto: CBN Salvador
“Islã quer dizer paz, e muçulmano, povo pacífico. Então todas as regras do islamismo são pela paz”, destacou o sheik, além de lembrar que os ataques terroristas não são apoiados pela religião. “O que esses jovens estão fazendo é em nome dele4s, não da religião. Terror não tem religião. Não tem nada a ver com a gente, nosso objetivo é fazer o bem”, disse. “A religião tem uma função social fantástica, onde faça que o indivíduo entenda que a paz é uma pessoa, a paz está em mim. Mas eu acho que a paz não é encontrada por isso, porque queremos olhar para fora, procurar ela fora”, pontuou Luciano Menezes. O futuro está nas criançasOuve-se muito que as crianças são o futuro da humanidade e são elas que podem trazem a paz. Os líderes concordam, mas ressaltam que é preciso ter cuidado para não jogar a responsabilidade nelas e olhar que são os adultos que precisam passar esses valores.“No final das contas, o Natal é o nascimento de uma criança. O nascimento de uma criança pode fazer toda diferença. Uma criança abre portas e possibilidade. Mas tem que ter cuidado para não jogar a responsabilidade em cima delas, porque todos nós temos responsabilidade”, destacou o pastor Joel Zeferino.“Quando falamos de educar as crianças, temos que pensar que valores estamos dando a elas? A gente fala às vezes de uma forma de se eximir. Isso tem a ver com valor, o que estamos passando a elas”, concordou o frei José Rocha. A mãe Carmem destacou a importância da família nesse processo. “É a base. A partir do momento que a família já tem uma religião e começa a educar a criança, ela já começa a mudar sua maneira de ser”, disse. Mensagem de Natal Ao final do programa, os líderes foram convidados a mandar uma mensagem de Natal e falaram um pouco de como esta data é vista por cada religião. “Mulçumano não comemora, já não está registrado o dia do aniversário de Jesus. Mas existe a mensagem dele: você não será bom mulçumano até amar e respeitar o próximo. Sem isso, você não faz o bem, nem alcançará a paz”, ressaltou o sheik Abdul Ahmad. “Um menino que não tinha onde nascer, uma família peregrinando, mas nasce assim mesmo. Estamos falando de construir um ano de paz, e a gente vive em um mundo de muita intolerância. E mesmo assim a gente acredita que é possível nascer a paz em relações marcadas com tanta intolerância. Falar de paz, é falar de amor e falar de justiça. Justiça e paz se abraçarão. Só há paz onde há justiça. E justiça é dar ao outro aquilo que ele precisa”, concluiu o Frei.

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