Durante uma ação para arrecadação de brinquedos em Salvador (BA), as amigas Ana Marcilio, Mylene Alves e Raquel Rocha, da ONG Avante, não puderam deixar de notar a ausência de bonecas negras dentre as centenas recebidas. Com olhos voltados para direitos sociais básicos de crianças, jovens, mulheres, famílias e profissionais da educação, a organização, então, teve a ideia de cria uma campanha que pudesse sensibilizar a indústria de brinquedos no Brasil. Com o nome de “Cadê nossa boneca?”, a ação tem como intuito movimentar as redes sociais (Twitter, Facebook e Instagram) com registros de prateleiras de lojas de brinquedos sem a presença de bonecas de cor negra. “Mudanças sutis como estas são capazes de gerar um impacto positivo nos pequenos. A oportunidade de brincar com bonecas negras é um grande passo na construção de uma sociedade que respeita e aceita suas diferenças raciais, contribuindo assim para que haja diminuição do preconceito, além de elevar a autoestima das crianças, que passarão a ver a si mesmas representadas nos brinquedos”, explica Ana Marcilio.De acordo com pesquisa realizada em 2015 pelo IBGE, negros e pardos representam 53,6% da população brasileira. Entretanto, na percepção da ONG, menos de 10% das bonecas à venda no País são negras. “Basta entrar em qualquer loja de brinquedos para perceber isso. Essa é uma realidade que retratamos em nossos vídeos e todos os materiais relacionados à campanha. É um quadro que precisa mudar”, conclui Ana.
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