Comprar de quem lhe representa tem sido uma das novas tendências de consumo. Mulheres têm priorizado adquirir produtos de empreendedoras, a comunidade LGBTQI+ tem ido pelo mesmo caminho com o pink money e, no caso da população preta, o conceito do black money está cada vez mais fortalecido.
Onde você coloca o seu dinheiro? Essa é uma discussão que permeia o consumo de forma engajada e no caso dos afrodescendentes a postura também tem um cunho reparativo, uma vez que esta população foi por anos escravizada no Brasil e esteve sempre à margem da economia.
“Penso que a melhor forma de ser antirracista é financiando e investindo em negros, de forma a empoderá-los economicamente”, aponta o publicitário, empreendedor e consultor em diversidade, Paulo Rogério Nunes, que juntamente com a fundadora da Wakanda Educação Empreendedora, Karine Santos, traçaram discussões no quarto episódio do podcast Projeta Junto!
Atualmente, o cenário da capital baiana é de muitas oportunidades, mas a população preta ainda sofre alguns entraves no desenvolvimento dos seus negócios, a exemplo da dificuldade de obtenção de crédito. “O sistema bancário é extremamente racista. Nos últimos anos, foram necessários muitos avanços pela resiliência do povo negro, que teve que buscar alternativas para se manter nesse sistema”, destacou Nunes.
Outra discussão trazida pelos convidados é a forma com que as pessoas veem a dicotomia bom x ruim em relação aos produtos adquiridos. “Esse é um dos pontos de partida para o black money. Não é só comprar porque a pessoa é preta, mas porque o que ela entrega é de qualidade”, orienta Karine, que abordou ainda a necessidade de empreendedores pretos criarem pontes para transitar entre os espaços. “Empreendedorismo é se relacionar. Quanto maior for o inimigo, temos que nos agrupar”, frisou.
Confira o episódio completo aqui:
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Redação iBahia
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