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Suinguera leva público fiel para avenida |
Não importa se o folião está no bloco, na pipoca o no camarote. Com ou sem dente, com barriguinha ou barrigão, patricinha ou piriguete, todo mundo se rende quando toca a quebradeira. E se é pra fazer a galera cair no pagode, não podia faltar Léo Santana e a quebradeira do Parangolé. Com uma fantasia inspirada nos imperadores romanos, Léo comandou o bloco Alô Inter, na noite de quinta, no circuito Dodô. “Estamos homenageando os líderes antepassados e modernos. Eu tô me sentindo grandioso”, declarou o cantor. “E o mais gostoso é ver a galera dançando, essa troca de energia é fundamental”, completou o grandalhão de dois metros de altura, que arrancava suspiros da mulherada a cada remelexo. Como já era esperado, Madeira de Lei, música de trabalho do Parango, deixou a galera em êxtase com seu refrão que resume o espírito da quebradeira: “É pra sacudir!”. No trio, Léo recebeu o cantor Wesley Safadão, do grupo de forró Garota Safada. “Essa é minha primeira vez no Carnaval de Salvador. O balanço da suingueira é impressionante”, vibrou Wesley. Junto com o cantor baiano, ele mandou Empinadinha, sucesso da banda pernambucana.
BolimbolachoOutra banda que fez a galera cair na quebradeira na noite de quinta foi o Levanóiz, que no ano passado estourou com o sucesso Liga da Justiça (Foge,Foge, Mulher-Maravilha). O cantor André Raomon subiu no trio vestido de Vadinho, o boêmio sedutor e amante do Carnaval criado por Jorge Amado no romance Dona Flor e Seus Dois Maridos. “É uma homenagem mais do que justa a essa grande referência da nossa literatura”, disse o cantor. “A diferença é que aqui são várias flores e só um Vadinho, né”, brincou André, cercado por quatro dançarinas vestidas de Dona Flor. No comando do bloco Eu Vou, o Levanóiz quebrou tudo com Bolimbolacho. “Isso é bom demais”, se divertia o carioca Alex Morais, sem muita coordenação nas pernas. “O Bolimbolacho vai ser a música desse Carnaval”, opinou. “Vou na frente pra puxar a coreografia da quebradeira. O pagode está na veia da gente”, vibrava o garçom Alex Silva enquanto quebrava até o chão. “Senta vai, senta vai”, incentivava os amigos a todo instante. A fisioterapeuta Bianca Tibaldi se amarrou em ver os homens dançarem. Pra ter chance com ela na avenida, era preciso mostrar que sabia mexer o corpo. “Você vê se o cara é sensual pelo gingado dele”, disse, cheia de malícia.
SimJá na madrugada de sexta (16), a massa disse muito “Sim, sim, sim, não, não, não” com a banda Saiddy Bamba, num trio independente. Mesmo com sol quase raiando, ninguém deixou de quebrar até o chão. Como foi uma das últimas bandas a passar pelo circuito Barra/Ondina, o Saiddy Bamba fez a alegria também de quem trabalha na festa. “É minha hora de curtir um pouco para ganhar energia para os outros dias”, comentou a vendedora ambulante Carla Dinorá, moradora de Fazenda Coutos.