A atriz Cláudia Rodrigues, de 52 anos, colocou seus imóveis à venda para pagar um tratamento médico milionário nos Estados Unidos. Eternizada pelo papel da 'Diarista', a artista que luta contra a Esclerose Múltipla há anos pode perder o valor arrecadado por causa da ineficácia do método.
O portal Notícias da TV entrou em contato com médicos neurologistas e segundo os profissionais, não existe uma comprovação de que o tratamento seja eficaz.
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"Não existe evidência científica para o método. É um método que promete melhoria para diversas doenças neurológicas, mas que em nenhum momento foi comprovado", disse o médico Igor Campana, especialista em esclerose múltipla pela USP (Universidade de São Paulo).
O neurocirurgião especialista em neurocirurgia funcioal e radiocirurgia Luan Lucena, por sua vez, destacou ao Notícias da TV que a técnica não deveria ser feita em humanos pois é "sem fundamento".
"Sem estudos mais fundamentados, não há possibilidade de indicar a técnica em humanos, seja para o tratamento da esclerose múltipla ou para outras doenças neuropsiquiátricas", pontuou ele.
De acordo com informações da assessoria da atriz, Cláudia Rodrigues passará por um tratamento focado na modulação térmica do paciente por meio de procedimentos de hiperthermia e hipotermia avançadas guiados pelo cérebro.
Conforme um comunicado enviado ao iBahia, o valor de uma sessão de tratamento varia entre $36,000.00 a $50,000.00 dólares (de R$ 187 mil a R$ 260 mil, na cotação atual), de acordo com as condiçōes do paciente e complexidade de cada caso.
O Brain Thermal Tunnel (BTT), ou em português, túnel térmico cerebral, ofoi descoberto pelo Dr. Marc Abreu. Ainda segundo o comunicado, o método permitiu pela primeira vez na história a medição contínua e não invasiva da temperatura do cérebro.
A descoberta, permitiu ainda o desenvolvimento da tecnolgia aprovada pelo FDA (agência reguladora ligada ao departamento de saúde do governo norte-americano) que permite tratamentos de hiperthermia e hipotermia avançados baseados na termodinâmica cerebral.
Antes do procedimento, o paciente passa por uma bateria completa de testes para avaliação de seu estado atual e planejamento do procedimento. No caso da Esclerose Múltipla, ela será submetida ao procedimento de hipothermia avançada, guiada pelo cérebro.
Os pacientes que sofrem de esclerose múltipla têm danos nas bainhas de mielina no cérebro, capas de tecido adiposo que protegem as células nervosas. O resfriamento ajuda a restaurar as bainhas de mielinas.
Por se tratar de um tratamento não invasivo, não é necessário tempo de recuperação. O paciente não é internando ou hospitalizado e para cada sessão, o paciente deve comparecer diariamente no Instituto Médico BTT durante 5 dias seguidos sem pernoite no instituto.
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Redação iBahia
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