O recurso do ator Guilherme Fontes foi recusado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e ele deverá devolver à Agência Nacional do Cinema (Ancine) R$ 66.267.732,48. O valor, corrigido por juros, é referente à produção do filme "Chatô", que Fontes começou a produzir há 19 anos e até hoje não lançou.
Inicialmente, Fontes captou R$ 8,6 milhões para dirigir o longa. O valor total a devolver inclui ainda duas multas de R$ 2,5 milhões cada, totalizando débito de mais de R$ 71 milhões, segundo dados do TCU divulgados pelo Uol. Não cabe mais recurso à decisão, que foi tomada pelo relator do processo, o ministro Aroldo Cedraz.
Caso o ator não pague o valor, parte do processo será enviada à Advocacia Geral da União (AGU) e outra para a Acine. Caberá a estes encaminhar o material à Justiça para realizar a cobrança por via judicial. Fontes não foi localizado para comentar a decisão. No início do ano, ele chegou a afirmar que o filme já estava pronto e garantiu que não houve desvios de verba na produção.
"Filmei em 1999, 2002 e 2004. Nunca houve uma filmagem cancelada, nada que denotasse falta de profissionalismo. Ele está com 1 hora e 53 minutos. Acabou", disse à revista "Status". "Eu durmo tranquilo porque nunca desviei um real. Essas duas condenações são uma piada. O que captei de fato foram R$ 12 milhões. Recebi R$ 8,6 milhões, que investi integralmente no projeto. O Brasil é fake! É uma história complicada"
Ele disse ainda que 80% do filme foi filmado em três anos e os últimos 20% se arrastaram por mais de 14 anos, por falta de dinheiro para finalizar a trilha sonora e a parte de computação gráfica. Chatô é baseado em um livro de Fernando Morais. O elenco conta com Marco Ricco, Andrea Beltrão, Paulo Betti, Leandra Leal, Eliane Giardini e Gabriel Braga Nunes.
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