A morte de Gal Costa, nesta quarta-feira (9), foi assunto internacional na imprensa internacional. O falecimento de uma grandes cantoras do Brasil repercutiu em veículos da Inglaterra, Argentina, França, Itália, Portugal e Estados Unidos, que destacaram o papel da artista no movimento tropicalista e definiram como uma das "maiores vozes da música brasileira".
O jornal Argentino "Clarín" definiu Gal Costa como "magistral cantora brasileira". Na matéria que informou a morte da artista, foi destacado a "afinação perfeita e a voz suave e aguda" de Gal.
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O espanhol "El País" trouxe a amizade de Caetano Veloso, Gilberto Gil e Gal Costa e relembrou sucesso da artista no período de ditadura militar no Brasil. Na reportagem, uma entrevista concedida por Gal ao jornal em 2021 foi recuperada. No trecho, a artista brasileira fala sobre o passado e analisa a própria imagem.
"Hoje eu vejo tudo o que fiz no passado, expondo o corpo, as pernas, mexendo com tudo o que era proibido na cabeça das pessoas, pelo governo. Fiz isso com espontaneidade e uma certa ingenuidade. Eu estava espontaneamente livre. Eu vejo elegância e pureza nessas minhas imagens", disse a cantora.
No Paraguai, o canal de notícias ABC Color definiu Gal Costa como "uma das maiores vozes" do Brasil. A matéria ressaltou as parcerias com Caetano Veloso, Gilberto Gil e Maria Bethânia no movimento tropicalista brasileiro. Em Portugal, o jornal Expresso disse que Gal foi um dos "grandes nomes da MPB".
O "El Mundo", na Espanha noticiou a morte de Gal Costa como "uma das maiores expoentes do movimento tropicalista brasileiro". Enquanto o argentino "La Nación" ressaltou a relação de carinho que a artista brasileira tinha com a Argentina.
Na França, o "France 24" Gal Costa é citada como cantora de "voz cristalina e sensualidade transgressiva" que fez dela a musa do movimento "Tropicália". A matéria também relembrou parcerias da artista com Tom Jobim, Chico Buarque, Milton Nascimento e o "grande amigo" Caetano Veloso.
O assunto também repercutiu nos Estados Unidos. O tradicional "The Washington Post" chamou Gal Costa de "icônico" e citou que a artista "permaneceu ativa até quase o fim". O "Pitchforkmedia", um dos principais sites de música do mundo, colocou Gal Costa como uma das principais figuras da Tropicália.
"Ela conheceu Caetano Veloso e Gilberto Gil, outras estrelas da Tropicália, durante sua juventude, e tocou com eles dois no show "Nós, Por Exemplo", em agosto de 1964. Esse momento marcou o começo de uma longa colaboração entre os três; Gal interpretou e gravou discos dois dois compositores durante as décadas seguintes. Em 1967, ela lançou Domingo, um disco colaborativo com Caetano Veloso, e Gal ainda iria tocar com os artistas no disco Tropicália ou Panis et Circensis, um 'quem-é-quem' da Tropicália que inclui outras figuras importantes como Tom Zé e Os Mutantes".
Na Itália, o canal "Rai" afirma que mundo da música está em luto". No "La Gazzetta del Mezzogiorno", a brasileira foi colocada a "entre as vozes mais conhecidas na música popular brasileira", enquanto "La Repubblica" diz que Gal Costa "uma das vozes femininas mais conhecidas".
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Redação iBahia
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