Um álbum cantado por 16 artistas, prestará homenagem a Romualdo Rosário da Costa, conhecido como Mestre Moa do Katendê (1954-2018). Intitulado Raiz Afro Mãe, o projeto será lançado nesta sexta-feira (7).
O álbum conta com a participação de ar agora nas vozes de artistas como Emicida, Criolo, Chico Cézar, Fabiana Cozza, Kimani, Rincon Sapiência, Edgar, BNegão, GOG, Jasse Mahi (filha de Moa) e os baianos, Leitieres Leite, Marcia Short, Lazzo Matumbi, Matheus Aleluia Filho, o grupo BaianaSystem e Luedji Luna.
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O projeto originalmente foi conceituado por Moa em 2017. A ideia consistia m releituras de sua obra, com o intuito de promover um encontro entre artistas de renome da música popular brasileira e a nova geração de músicos da contemporaneidade. Após o assassinato de Mestre Moa em 8 de outubro de 2018, por intolerância política no período eleitoral, a produtora manteve o projeto como parte do legado do artista.
Mestre de capoeira, agitador cultural, compositor e percussionista, co-fundador dos Afoxés Badauê na Bahia e Amigos do Katendê em São Paulo, Môa do Katendê (1954-2018) é tema do álbum e também do podcast Raiz Afro Mãe, comandado pelo produtor musical do disco, Rodrigo Ramos. Nele, Rodrigo conta os bastidores da gravação, sua relação do Môa e como o projeto cresceu com a participação dos artistas. Será lançado junto ao álbum nas plataformas, também no dia 7 de outubro.
Filme
Além do álbum, Mestre Moa também será o foco do filme Moa, Raiz Afro Mãe (Kana Filmes), documentário musical de 101 minutos será lançado para convidados em São Paulo no dia 18 de outubro e entrará no circuito comercial em 2023. O filme é dirigido por Gustavo McNair, diretor, roteirista e fundador da produtora Kana Filmes. Rodado em Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro, o filme acompanha a história de Moa da década de 1970 até sua morte, mostrando seu trabalho como arte-educador e capoeirista, e seu legado na cultura afro-brasileira e mundial.
O documentário tem o álbum Raiz Afro Mãe como trilha sonora.
Morte em 2018
O mestre de capoeira Romualdo Rosário da Costa, conhecido como Moa do Katendê, morreu aos 63 anos após ser esfaqueado na Avenida Vasco da Gama, na região do Dique do Tororó, em Salvador.
O inquérito policial que apurou o assassinato do Moa concluiu que o crime, ocorrido no dia 8 de outubro de 2018, foi motivado por uma discussão político-partidária entre Moa e Paulo Sérgio Ferreira de Santana, de 36 anos. Moa, conforme apontam as investigações, disse a Paulo Sérgio que era contra o então candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro.
As investigações apontam ainda que, após Moa ter dito que votou em Fernando Haddad (PT), Paulo discutiu com ele. A Polícia informou à época que Paulo Sérgio afirmou que não cometeu o crime por conta da divergência política, e sim porque foi xingado após se desentender com o capoeirista, devido às preferências políticas de cada um.
Após discutir com Moa, o suspeito saiu do bar, foi em casa e pegou uma faca. Ao retornar ao estabelecimento, ele relatou que entrou em luta corporal com o mestre de capoeira antes de esfaquear a vítima. No entanto, as testemunhas ouvidas pela polícia não confirmaram a versão do suspeito.
SERVIÇO
O que: Lançamento do álbum “Raiz Afro Mãe”
Quando: 7 de outubro
Onde: Todas as plataformas digitais.
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Redação iBahia
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