O espelho é um objeto de decoração que assume diversas funções. Além do papel utilitário, ele pode ser um recurso para ampliar um ambiente, esconder uma pilastra ou até iluminar um cômodo. É preciso estudar cada espaço para escolher um que agregue à decoração, sem pesar ou prejudicar a circulação. Existem diversas opções: espelhos geométricos, ocupando a parede inteira, reto, com ou sem moldura, e cada um tem sua utilidade. O BELA CASA convidou três arquitetas para esclarecer quando o espelho é um bom recurso e quando evitá-lo.
— O espelho é um ótimo recurso para dar destaque a algum lugar ou ampliar o ambiente. Como é uma peça de ponto focal, é, por si só, um objeto que engrandece o ambiente, então, é preciso ter cuidado ao local em que será posicionado. Dependendo de onde for, pode refletir e destacar uma parte do cômodo que o cliente não quer mostrar. Por isso, é importante pensar toda a composição e quais partes queremos evidenciar — explica a arquiteta Amanda Goetten.
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Para ampliar ambientes, o opte por espelhos grandes e sem molduras, pois a peça vai se mesclar com parede e aumentar a sensação de profundidade do ambiente. Um espelho de parede inteira é bem-vindo. Já os com molduras exigem cuidado. Dependendo de como forem usados, podem pesar na decoração, criando um efeito indesejado. Para residências, a arquiteta sócia da Evertec Arquitetura Caroline Monti recomenda peças com moldura tipo filete.
A coluna de espelho, muito utilizada em pilastras estruturais, não é aconselhável para ambientes residenciais. De acordo com a arquiteta Amanda Goetten, o recurso oferece risco de acidente para os moradores.
— Esse tipo de peça vai refletir as quatros faces do ambiente, se transformando em um ponto cego no cômodo e oferecendo perigo de choques: no dia a dia, pode passar despercebida e causar acidentes — alerta.
Caroline Monti explica que, para iluminar o ambiente, é recomendado posicionar o espelho em paredes estratégicas, de frente para a varanda ou alguma janela grande, para que reflita a luz natural do lado externo, por exemplo:
— Mas quando precisamos de luz extra, principalmente em banheiros, onde as pessoas se arrumam, os espelhos precisam ter fontes de luz frontal, com perfis LED ou luzes indiretas. Em banheiros, espelhos retos e lineares ajudam no propósito utilitário, pois proporcionam a inclusão de armário embutido.
— Tudo depende do que queremos transmitir. Espelhos redondos são ótimos para uma decoração mais descontraída. Retangulares transmitem estabilidade e são mais formais. Atualmente, usamos bastante os espelhos com formas orgânicas ou irregulares, para dar uma impressão mais personalizada — diz a arquiteta Amanda Cristina, sócia de Caroline Monti na Evertec Arquitetura.
Sobre os formatos orgânicos, Caroline acrescenta:
— Eles dão movimento e modernidade aos espaços. A busca por esses modelos está cada vez mais comum por remeterem a elementos da natureza e trazerem requinte e aconchego.
Amanda Cristina recomenda essas formas principalmente em salas de estar e jantar.
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Agência O Globo
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