Cerca de 6 milhões de turistas brasileiros e estrangeiros devem visitar a Bahia durante o verão 2019, de acordo com a estimativa da Secretaria de Turismo do Estado da Bahia (Setur). Para quem está desempregado ou ainda quer ganhar uma grana extra na estação que mais movimenta a economia do Estado, vale ficar atento às oportunidades, fazer o dinheiro crescer e, quem sabe, transformá-las até na principal fonte de renda.
A capacidade de tomar decisões rápidas foi o grande diferencial do empresário Murilo dos Santos de Lima, de 35 anos. Dono de uma empresa de coquetalaria para eventos, ele transformou uma situação em uma oportunidade de renda alternativa durante o verão de 2018."Houve uma baixa solicitações dos serviços da empresa ano passado, eu comecei a colocar a cabeça para funcionar para transformar o que eu tinha em um produto de baixo custo. Pensei na ideia de colocar um drink num saquinho de geladinho, elaborei receitas, fiz o teste na Praia do Buracão e, em duas horas, eu consegui vender quase 100 unidades", relembra.
O sucesso da ideia rendeu rapidamente a criação de uma logomarca e, com a ajuda da esposa, Murilo fez fotos, passou a vender em praias, eventos fechados, feiras gastronômicas e criou ainda um trabalho de divulgação do produto em redes sociais. Entre um verão e outro, a Gelladrink registrou um aumento de 300% no faturamento do empresário."A gente atende na praia, eventos, feiras gastronômicas, delivery. Personalizamos o produto, de acordo com a necessidade do cliente", garante. A experiência positiva rendeu, além do bom faturamento, uma oportunidade de ajudar outras pessoas. "Eu estou montando um curso para orientar pessoas que estão desempregadas ou querem uma grana extra, para que elas consigam ter um bom resultado, com baixo custo", afirma. Atualmente, Murilo mantém a empresa de coquetelaria e o GellaDrink.
A saída do emprego em 2017 e o amor pelas atividades artesanais foram as motivações para Laís Praxedes profissionalizar um dom em uma fonte de renda e criar uma marca de acessórios. "Eu já tinha feito algumas coisas para uso próprio e para as amigas. Quando voltei do Réveillon decidi vender, justamente porque eu tinha saído do meu emprego", relembra a empresária de 29 anos. Nem mesmo o verão "curto" atrapalhou o faturamento da Lalazices. "Foi um boom, teve muita procura, uma correria muito grande e, no ano passado, fiquei livre em janeiro e fevereiro, tive mais tempo para produzir. Esse ano, eu trabalho durante o dia e à noite eu começo a produzir", compara. Atualmente, mais de 90% do público da empresa é composto por mulheres entre os 17 e 35 anos que gosta de eventos.
Planejamento é ponto-chave para quem decidiu aproveitar o verão para empreender. A definição do tipo de negócio, público-alvo, fornecedores, localização e concorrentes devem estar entre os primeiros passos na hora de pensar a começar a faturar uma grana extra. Para Rogério Teixeira, gerente regional do Sebrae-BA, o potencial empresário precisa tomar alguns cuidados. "Quando falamos no verão, nos referimos a um período sazonal, então é preciso pensar como sustentar esse negócio em outro período, como ele vai se remunerar. Há muitos segmentos que são fortes no verão, mas ao mesmo tempo, é preciso pensar agregar as pessoas nos seus produtos, além da estação, para que ele sobreviva", pondera Teixeira.
Parar criar um negócio competitivo, o especialista alerta ainda que é preciso se questionar sobre a rentabilidade do investimento. "Não dá para pensar em um negócio de três meses, o tempo da estação. É necessário pensar em um negócio de doze meses. A Bahia tem uma vantagem competitiva em relação às outras regiões do país, por conta do clima, mas não dá para colocar a culpa no tempo. Por isso que deve existir um planejamento da gestão, uma estratégia para que ele se adapte e funcione", avalia. Além do planejamento, uma dica valiosa para você quer quer encher o bolso no verão, é buscar estratégias de inovação do negócio, como a divulgação em mídias sociais, o olhar atento em relação às questões de sustentabilidade e utilizar outras formas de pagamento além do dinheiro, como os cartões de débito e crédito.Veja também:
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Redação iBahia
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