Famosa por trazer diversos benefícios à saúde, a dieta mediterrânea é baseada na alimentação dos países banhados pelo mar Mediterrâneo, como Itália, Grécia, Líbano, Espanha, Líbia, Egito, Turquia e Marrocos. Estudos realizados entre os anos 1950 e 1970 perceberam que estes países possuem menos casos de pessoas com problemas cardiovasculares, apesar do alto consumo de gordura.
Segundo a nutricionista e professora da Unifacs Carla Barreto, o fator determinante está no tipo de gordura que esta população ingere, considerada ‘boa’. “A dieta mediterrânea é formada, basicamente, por alimentos que ajudam no aumento do HDL, conhecido como colesterol bom, e, por consequência, na diminuição do LDL, chamado de colesterol ruim”, explica.
Para adotar a dieta basta colocar no prato o que a população dos países mediterrâneos costuma manter no cardápio: frutas, verduras, legumes, leguminosas (lentilha, grão de bico), fibras, peixes, leite e seus derivados (iogurte natural e queijo branco), azeite de oliva, ervas frescas e vinho tinto.
“O segredo é saber diminuir aquilo que faz mal e aumentar o consumo do que faz bem. Por exemplo: peixe é rico em ômega 3 e recomenda-se sua ingestão, pelo menos, quatro vezes por semana. Já as ervas frescas entram na cozinha para substituir o sal, e assim por diante”, comenta Carla.
A nutricionista ainda enumera os quatro pilares que sustentam a alimentação mediterrânea:
• Alimentos saudáveis: abrir mão dos enlatados e comidas industrializadas e optar alimentos naturais;
• Estilo de vida: praticar algum exercício físico, dando preferência a caminhadas, corridas ou natação;
• Estresse: evitar um dos maiores vilões do estilo de vida do século XXI;
• Sociabilização: se alimentar em grupo, com a família ou amigos, pode tornar a refeição mais agradável e, consequentemente, fazer bem para a saúde do organismo.
Benefícios
Na prática, esses hábitos de vida, de acordo com a nutricionista Carla Barreto, contribuem para a diminuição dos riscos de hipertensão, infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC) e aterosclerose. Contudo, é preciso tomar cuidado, pois nada em exagero é saudável, principalmente em relação ao consumo de vinho tinto.
“A dieta do mediterrâneo recomenda que a pessoa consuma duas taças de vinho tinto por dia, pois ele possui substâncias antioxidantes, que retardam o envelhecimento, e resveratrol, que evita a formação de placas de gordura nas artérias. Mas são apenas duas taças pequenas, nada além disso!”, alerta Carla.
Além dos benefícios à saúde, a alimentação adotada pela população do mediterrâneo também pode colaborar para a perda de peso. “Tendo isso em mente e consultando seu nutricionista, é só colocar em prática algo que digo muito em sala de aula: ‘vamos cortar mais e desembalar menos’”, ensina Carla Barreto.
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Redação iBahia
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