Está chegando a hora e Salvador já respira o Femadum - Festival de Música e Artes Olodum, que completa 44 anos. Eu acompanho o Femadum há 36 anos e tenho boas lembranças. Artistas diversos se apresentaram, carreiras se iniciaram naquele palco do Largo do Pelourinho.
Tinha até o Femaduzinho, sucesso absoluto, era realizado, salvo engano, sábado à tarde. Foi no Femaduzinho que conheci Márcio Victor. Ele havia criado um grupo de pagode chamado Luz de Repente, formado por adolescentes do Engenho Velho de Brotas.
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Nesta 44ª edição, você vai ter o prazer de ver ações significativas, como, por exemplo, Fael Primeiro que vai desenhar e pintar o mascote do Festival pelas ruas do Pelourinho, acompanhado por percussionistas do bloco afro. Ainda vamos ter recitais, lançamentos de livros, shows, rodas de conversa, debates, oficinas de percussão e de dança afro.
E mais: 60 percussionistas dos grupos Didá, Mulherada, Filhas de Ghandy, Filhas do Som, Cortejo Afro e Mulheres do Olodum vão formar o Batuque Obitom e desfilar pelas ruas do Pelô, celebrando a força e a ancestralidade feminina. Mais detalhes sobre o PanAfro Femadum você encontra nas redes sociais do Olodum.
MUZENZA VAI ENSAIAR NO PELÔ
O Bloco Afro Muzenza, batizado pelo ex-presidente e compositor Barabadá como “a máquina estrutural do reggae“, começa seus ensaios de verão na próxima terça-feira, dia 10, no Largo Tereza Batista, Pelourinho. Segundo o presidente Jorge Santos, o tema do carnaval de 2025 é Muzenza, símbolo de resistência. O bloco tem uma particularidade: preservar a memória de Bob Marley, na paz de Jah!
CURSO DE FORMAÇÃO PARA JOVENS DE TERREIROS
A Rede Jovem de Candomblé começa um curso de formação para jovens, sábado que vem, na Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia (Ufba), localizada na rua Caetano Moura 121, na Federação. O babalorixá e doutor Vilson Caetano de Souza Jr, do Ilê Obá Lokê, vai proferir a aula magna como tema "O legado africano e a importância da cozinha nos terreiros de candomblé". Professor da Escola de Gastronomia da UFBA, o sacerdote Vilson é um especialista no assunto. Outros temas que vão ser discutidos no evento, com início previsto para 9h , são: decolonialidade, letramento racial, violência e aquecimento global. Imperdível!
UM CLÁSSICO DAS FESTAS NATALINAS
O Natal se aproxima e eu aproveito aqui para falar do compositor baiano José de Assis Valente, autor do sucesso Boas Festas, uma canção que cantei muito na minha adolescência. Nunca imaginei que o autor fosse baiano. Assis Valente era um cronista, contestador. Os versos dizem assim: ”Eu pensei que todo mundo fosse filho de Papai Noel...E assim felicidade eu pensei que fosse um brinquedo de papel. Já faz tempo que eu pedi, mas o meu Papai Noel não vem. Com certeza já morreu. Ou então felicidade é brinquedo que não tem.”
Autor de sucessos cantados inclusive por Carmen Miranda, Assis Valente nasceu em Bom Jardim, na época distrito de Santo Amaro, no recôncavo baiano. Após a emancipação na década de 60, Bom Jardim passou a se chamar Teodoro Sampaio, em homenagem a outro baiano ilustre. Assis Valente morreu em 1958, aos 46 anos, no Rio de Janeiro.
JÁ FUI BANDA MEL! É AXÉ NA VEIA
Márcia Short e Robson Morais prepararam um repertório de milhões. Se prepare, o show será no Espaço Marques, onde funcionava o antigo Colégio Divino Mestre, no Santo Antônio além do Carmo. É a Banda Mel já celebrando os 40 anos da axé music.
Wanda Chase
Wanda Chase
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