Em conversa recente com Daniel Wakswaser, vice-presidente de marketing da Ambev; e Sofia Esteves, fundadora da Cia de Talentos – empresa líder na área de recursos humanos -, a cantora Anitta revelou que a “vontade de crescer” é uma das principais características de valor ao investir no desenvolvimento de colaboradores.
Cantora, empresária e executiva, Anitta é considerada uma profissional multifacetada e multitarefas. Com carreira cercada de inovação, Larissa de Macedo Machado ocupa hoje o importante lugar de liderança de marketing, com perfil ousado, arrojado e disruptivo para marcas e negócios.
Acontece que ser inovador(a), ousado(a) e disruptivo(a) têm sido uma demanda cada vez mais cobrada por empresas e organizações aos seus funcionários. No entanto, eu preciso falar uma verdade: isso não é a sua obrigação.
Em meio a programas de trainees, formação de líderes e crescimentos horizontais, estão os profissionais que não sonham em ocupar cargos e cadeiras de comando ou gestão, não planejam uma agenda cheia de reuniões e tampouco querem uma equipe imensa para responder as suas ordens.
Estou falando aqui de profissionais competentes, dedicados e excelentes em suas entregas, mas que não almejam a gestão; sentem realização no exercício de ponta; preferem estar à frente do fazer e ficar sob orientação de lideranças. Sim, nós precisamos entender que sentir-se realizado(a) em sua ocupação laboral também é sucesso profissional.
Enquanto as empresas anseiam por colaboradores (intra)empreendedores, comprometidos e super qualificados, o estudo ‘Tendências Mundiais para o Capital Humano’, elaborado pela Deloitte, revela que cerca de 60% dos gestores de Recursos Humanos pesquisados afirmam não possuir programas adequados para melhorar o envolvimento dos funcionários na organização.
Promover e exigir profissionais com sonhos de “serem incríveis”, associando o incrível à posição de comando na empresa, provoca em alguns trabalhadores a sensação de fracasso, mesmo quando o lugar ocupado é exatamente aquele onde gostaria de estar.
Precisamos estimular ambientes de desenvolvimento técnico-operacional, entendendo as particularidades do sujeito e as suas compreensões de bem-estar.
É importante destacar que com isso não estou dizendo para as pessoas deixarem de sonhar com desafios e conquistas, mas afirmo aqui – sem pestanejar, que é preciso entender onde você se sente bem em tal nível, que é ali onde quer aprimorar o seu fazer.
Sucesso não está associado ao cargo ocupado na empresa ou aos bens adquiridos e ostentados, mas sim a satisfação e realização que promove alegria pessoal, equilíbrio emocional e bem-estar no dia a dia.
Rodrigo Almeida* - @rodrigoalmeidarp
Relações Públicas, Mestre em Gestão e Tecnologia Industrial (SENAI - Cimatec), pós-graduando no programa de MBA em Tendências e Inovações, Palestrante, Professor Universitário de pós-graduação, Consultor e Diretor da agência CRIATIVOS.
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