Jean Grey , personagem de Sophie Turner em “X-men: Fênix Negra” , não é uma novidade para o público. Ela já havia sido interpretada em “X-men: Apocalipse” (2016) pela atriz britânica que ganhou fama como a Sansa de “Game of thrones” , mas ali aparecia discretamente, apenas como breve apresentação. No novo filme da saga, que estreia hoje , Sophie assume o protagonismo para contar a história de como a jovem se torna uma força monumental e aprende a duras penas a lidar com seus poderes telepáticos e telecinéticos.
O longa, que marca a estreia do roteirista Simon Kinberg na direção, mostra como Jean absorve a energia de uma explosão solar durante uma missão de resgate no espaço e multiplica o seu poder de forma exponencial. Ao voltar para a Terra com outros X-Men, ela passa a ser perseguida por uma forma agressiva de vida alienígena, ao mesmo tempo em que tenta controlar o desgoverno de seus poderes e acertar as contas com um passado que não conhecia.
Sophie conta que sua preparação envolveu muita pesquisa sobre esquizofrenia e outros distúrbios. Por não controlar plenamente seus poderes, Jean tem a tendência a ouvir vozes, e isso se intensifica quando ela absorve a explosão solar:
— Eu estava fazendo minha pesquisa no YouTube e encontrei um vídeo mostrando como é essa sensação ( de ouvir vozes ). Então, colocava os fones e saía para encontrar amigos, ir às compras, para ver qual seria a minha reação. E posso dizer que é frustrante. Isso ajudou muito na hora de ir para o set — diz ela.
Além dela, “Fênix Negra” traz no elenco Jessica Chastain em um papel misterioso: é uma alienígena, que não é facilmente derrotável e que respeita os poderes adquiridos por Jean. Uma das razões pelas quais a Jessica aceitou fazê-lo foi justamente o protagonismo feminino.
— Eu queria uma personagem feminina que não estivesse a serviço de um homem, que tivesse autonomia, desejos, necessidades e complexidades. Neste filme, não só interpreto uma personagem interessante, com grandes cenas, como contraceno com outras mulheres. Foi isso que me atraiu — diz Jessica.
Agora diretor, Kinberg assinou o roteiro de “O confronto final” em parceria com Zak Penn.
— Escrevi aquele roteiro em 2004, e filmamos em 2005, há 15 anos. Tem coisas das quais me orgulho, e outras que eu gostaria de ter feito diferente. Agora, com “Fênix Negra”, temos oportunidade de contar a história da personagem da forma como eu queria — explica.
Sintonia com a Marvel?
Uma das razões apontadas pelo cineasta foi a resistência da Fox em bancar um filme de quadrinhos, com orçamento alto e um elenco estelar, protagonizado por uma personagem mulher:
— Acho que isso é parte do que estava em jogo. Além disso, a parte sombria da história de Jean Grey não havia sido abordada nos filmes de quadrinhos. Agora, 15 anos depois, é algo que pode existir: um filme dramático, pessoal e íntimo — completa ele.
Mais longa franquia ativa de filmes de quadrinhos, “X-men” conta com 12 filmes, incluindo dois títulos de Deadpool, na Fox. Com a venda do estúdio para a Disney, os planos de um recomeço no cinema devem seguir outros caminhos. Um deles é entrar em sintonia com o Universo Cinematográfico Marvel, que acaba de encerrar um arco com “Vingadores: Ultimato”. O mundo do cinema, afinal, também é mutante.
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Redação iBahia
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