Prepare-se para um filme sem meios termos. ‘Rocketman’ não economiza ao mostrar o lado sombrio da vida do astro britânico Elton John, que teve a infância marcada pela falta de afeto, a adolescência conturbada por conta de sua orientação sexual e a vida adulta regada a drogas, álcool, orgias e muita fama. A porção mais obscura da trajetória do maior showman da terra da rainha é mostrada com maestria, extravagância e ao som dos maiores sucessos que embalaram multidões.
Sem perder tempo, o filme começa, literalmente, com o protagonista metendo o pé na porta para participar de uma reunião dos Alcoólicos Anônimos. Desde o primeiro minuto, o roteiro apresenta um Elton John vulnerável, amargurado, diferente do divertido artista que encantou legiões de fãs nos quatro cantos do mundo.
O destaque fica com o ator Taron Egerton, que conseguiu capturar de forma magistral a essência extravagante do protagonista e levar para tela um personagem forte, único e marcante como é Elton John. Entregue de corpo e alma ao papel, ele fez questão de cantar todas as músicas que embalam o filme e ajudam a contar a história do ídolo.
A cinebiografia surge depois do sucesso de ‘Bohemian Rhapsody’, o que deu espaço para as inevitáveis comparações. Analisando de forma imparcial, ‘Rocketman’ é mais verdadeiro, cru, ousado. O filme é honesto com Elton John e não se furta em esgarçar os momentos tenebrosos vividos por ele, o que não se viu tanto na história sobre a vida de Freddie Mercury. As duas excelentes produções são verdadeiras joias raras para os fãs da boa música feita por gênios da nossa era, mas nesse duelo de titãs a história de Elton parece mais real.
*Heyder Mustafá é jornalista e produtor cultural formado pela UFBA, editor de conteúdo da GFM e Bahia FM, apresentador do Fala Bahia e apaixonado por cinema, literatura e viagens.
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Redação iBahia
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