"O Cinema Novo é um projeto que se realiza na política da fome, e sofre, por isto mesmo, todas as fraquezas consequentes de sua insistência". Foi desta maneira que Glauber Rocha descreveu o movimento cinematográfico brasileiro criado por cineastas cariocas e baianos na segunda metade da década de 1950. Influenciado pelo neorrealismo italiano e pela Nouvelle Vague francesa, o Cinema Novo foi marcado pela preocupação política e crítica radical da realidade cultural do país. A estética cinemanovista - "uma câmera na mão e uma ideia na cabeça" - traduzia bem o objetivo do movimento: produzir um cinema barato, com filmes voltados à realidade brasileira e com uma linguagem adequada à situação social da época. O longa-metragem "Rio, 40 Graus" (1955), de Nelson Pereira dos Santos, inaugura essa fase do cinema brasileiro, representada também por Cacá Diegues, Rogério Sganzerla, Ruy Guerra e Glauber Rocha, considerado o grande expoente do movimento.
Aproveite e assista ao episódio anterior! Em "O Cinema Novo e a cinematografia nacional", episódio número seis da websérie "Oscar Santana e as Histórias do Cinema na Bahia", o cineasta comenta o impacto da criação do movimento na produção cinematográfica brasileira e explica porque acredita que o Cinema Novo afastou o público brasileiro do cinema nacional.
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