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CINEMA

Filme com Wagner Moura é selecionado para o Festival de Veneza

Festival de cinema é o mais antigo do mundo

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Redação iBahia

25/07/2019 às 12:11 • Atualizada em 27/08/2022 às 21:46 - há XX semanas
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O Festival de Cinema de Veneza anunciou nesta quinta-feira os filmes que concorrem na 76ª edição da premiação. Entre os selecionados para a competição principal, está "Wasp Network" , com o ator brasileiro Wagner Moura . Dirigido pelo francês Olivier Assayas, o filme é produzido pelo brasileiro Rodrigo Teixeira , da RT Features. Teixeira ainda emplacou outro filme com produção sua entre os indicados — " Ad Astra", ficção científica de James Gray estrelada por Brad Pitt.
— Para mim, são dois filmes brasileiros. Digo isso porque eu sou brasileiro, a empresa é brasileira. O que eles têm em comum é a questão do risco. São dois filmes arriscados para se fazer nos dias de hoje — afirmou o produtor.
Foto: Reprodução
Com Penélope Cruz e Gael García Bernal no elenco, além de Moura, "Wasp Network" é uma adaptação do livro "Os últimos soldados da Guerra Fria” , do escritor brasileiro Fernando Morais . O thriller de espionagem teve gravações em Cuba e nas Ilhas Canárias e conta como o governo de Fidel Castro infiltrou cinco agentes de inteligência cubanos nos Estados Unidos durante os anos 1990.
— O Wagner é um dos três principais espiões do filme. Ele é um dos atores mais geniais que temos, está brilhante no filme. É surpreendente ver o que ele consegue fazer em qualquer língua — antecipa Rodrigo.
Documentário e experiência virtual brasileiros também concorrem
Já o documentário “Babenco – Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou” foi um dos escolhidos para competir na mostra Venice Classics, que agrega documentários sobre cinema e seus realizadores. A produção é a estreia da atriz Bárbara Paz como produtora e diretora de um longa-metragem. Viúva de Hector Babenco , Paz acompanha os últimos momentos do cineasta, que morreu em 2016 aos 70 anos.
— É um filme superpessoal, que estávamos fazendo juntos, mas ele partiu antes da hora. Ficou comigo esse meu adeus para ele. Não é um filme só de biografia, mas sobre o homem interior e o amor que ele tinha pelo cinema — antecipa Bárbara.
A diretora ainda lamentou que a notícia chegasse num momento de indefinição do cinema nacional, que se vê cercado em incertezas desde o começo do ano. Ao mesmo tempo, a indicação se soma a outras conquistas recentes da produção brasileira, como o desempenho do país no Festival de Cannes, realizado em maio.
— Chegar num festival como esse, como também aconteceu em Cannes, é só um reflexo de onde a gente pode chegar. A gente está passando por um momento muito delicado, muito difícil. Um país sem cultura é um país um tanto quanto sem alma. Me dói pensar que isso vai ser tirado do povo brasileiro sem razão, como se o povo não pudesse pensar.
Outra presença brasileira no festival é "A linha" , de Ricardo Laganaro , da ARVORE Experiências Imersivas. Definida por seus criadores como uma "experiência narrativa e interativa", a produção promove uma imersão na São Paulo da década de 1940 em 13 minutos e conta com a voz do ator Rodrigo Santoro . "A linha" concorre aos prêmios de Melhor Experiência Interativa e Melhor Experiência em Realidade Virtual na mostra paralela do festival para Realidade Virtual.
Confira os selecionados para a mostra principal:
“La vérité”, de Kore-eda Hirokazu (França, Japão)
“The Perfect Candidate”, de Haifaa Al-Mansour (Arábia Saudita, Alemanha)
“About Endlessness”, de Roy Andersson (Suécia)
“Wasp Network”, de Olivier Assayas (França, Bélgica)
“Marriage Story”, de Noah Baumbach (Estados Unidos)
“Guest of Honor”, de Atom Egoyan (Canadá)
“Ad Astra,” James Gray (Estados Unidos)
“A Herdade”, de Tiago Guedes (Portugal, França)
“Gloria Mundi”, de Robert Guediguian (França)
“Waiting For The Barbarians”, de Ciro Guerra (Itália)
“Ema”, de Pablo Larrain (Chile)
“Saturday Fiction”, de Lou Ye (China)
“Martin Eden”, de Pietro Marcello (Itália, França, Alemanha)
“La Mafia non è più quella di Una Volta”, de Franco Maresco (Itália)
“The Painted Bird”, de Vaclav Marhoul (República Tcheca)
“The Mayor of Rione Sanità”, de Mario Martone (Itália, França)
“Babyteeth”, de Shannon Murphy (Austrália)
“Joker”, de Todd Philips (Estados Unidos)
“J'accuse”, de Roman Polanski (França)
“The Laundromat”, de Steven Soderbergh (Estados Unidos)
“No. 7 Cherry Lane”, de Yonfan (China)

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