|
---|
O consumo cultural tem crescido nas famílias brasileiras. Em média 5% do orçamento mensal tem sido direcionado para atividades como cinema, televisão e compra ou aluguel de DVDs/Blu-Rays. O levantamento foi feito por meio da pesquisa 'Contribuição econômica do setor audiovisual brasileiro', realizada pela Tendências Consultoria Integrada para a Motion Picture Association na América Latina (MPA-AL) e o Sindicato Interestadual da Indústria do Audiovisual (SICAV). O estudo tomou como base dados da última Pesquisa de Orçamento Familiar de 2008/2009 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com as estatísticas, as famílias com renda superior a R$ 6.225, os investimentos em cultura chegam aos 6,3%; enquanto que naquelas com renda inferior a R$ 830, o percentual dedicado às atividades culturais ficam em 3,6%. Os números são claros e mostram que o consumo cultural está diretamente ligado ao poder aquisitivo. Apesar de investimento familiar ainda ser baixo no Brasil, o diretor-geral da MPA, Ricardo Castanheira mantém uma postura otimista e acredita que o consumo cultural tende a crescer em um futuro próximo. O motivo de tamanho otimismo são os resultados de uma pesquisa realizada, em 2012, pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. O estudo aponta que atividades culturais e de4 audiovisual são beneficiados pelo aumento de renda familiar, que está em ascensão social. Segundo esta pesquisa, nos últimos dez anos, a classe média cresceu 38% e atualmente abrange 53% da população brasileira, o que representa 104 milhões de brasileiros. A pesquisa considera classe média as família com renda per capita entre R$ 291 e R$ 1.019. A pesquisa prevê ainda que até 2022, a classe média pode representar 57% da população. O crescimento da classe média proporciona, automaticamente, maior consumo de conteúdo audiovisual, como filmes em DVD e Blue Ray, bem como idas ao cinema e aumento no gasto com assinaturas de TVs fechadas. Só para se ter uma ideia, dados do IBGE indicam que, em 2012, houve aumento de 97,2% na aquisição de aparelhos de televisão por famílias brasileiras. Já a Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA) divulgou que o acesso à TV por assinatura passou de 3,5 milhões de casas brasileiras, em 2003, para 17 milhões de domicílios, em 2013. Isso equivale a 55 milhões de brasileiros com acesso aos canais pagos. Por outro lado, a Agência Nacional do Cinema (ANCINE) revela que existem 2.679 salas de cinema em todo Brasil, sobretudo, nas grandes cidades. Em 2013, cerca de 149,5 milhões de ingressos foram vendidos nas bilheterias dos cinemas do país, o que gerou faturamento estimado de R$ 1,7 bilhão.
Leia Também: Casa de Castro Alves recebe exposição fotográfica recheada de magia e misticismo Espetáculo 'Frozen' entra em cartaz no Teatro IemanjáBandas de rock são recriadas em Lego