Sucesso absoluto nos Estados Unidos desde o fim dos anos 40, o palhaço Bozo chegou à televisão brasileira em 1980 e durou até 1991. Durante os 11 anos que esteve na programação, Bozo foi interpretado por alguns atores. Arlindo Barreto foi um deles, entre 84 e 86. E foi justamente a vida de Barreto que serviu como inspiração para "Bingo - O Rei das Manhãs", filme que estreia nessa quinta nos cinemas, com Vladimir Brichta no papel principal. Confira algumas curiosidades sobre a vida de Arlindo.
Filho de Marcia de Windsor
A carreira artística de Arlindo não aconteceu por acaso. Ele era filho da atriz Márcia Windsor, que participou de dezenas de novelas durante a carreira, como O Profeta (1977) e Cara a Cara (1979). Entretanto, ela costuma a ser relembrada por suas participações como jurada de calouros do programa de Flávio Cavalcanti. Sua marca registrada era dar nota 10 para todos os candidatos, afirmava que o esforço já era digno de 10. Morreu aos 46 anos, em 1982, vítima de um infarto. Na época, ela estava gravando a novela "Ninho da Serpente", da Bandeirantes.
Pornochanchadas e novelas
Antes de conquistar o grande público como o palhaço Bozo, Arlindo participou de uma série de filmes de pornochanchada. Entre as dezenas de produções, estavam "A noite das taras", "Corpo devasso", "A insaciável - Tormentos da carne" , "Anarquia sexual", "Delírios eróticos", "A fábrica de camisinhas" e "A primeira noite de uma adolescente". Arlindo também esteve na televisão, fazendo pequenas participações em novelas, como "Maria, Maria", de 1978, e "Cara a Cara", de 1979.
Casamento com Gretchen
Arlindo teve um casamento de dois anos com Gretchen. Durante o período, o ator produziu um fime musical, "Vamos cantar o disco, baby", que foi estrelado pela Rainha do Bumbum. Em "Bingo - O Rei das Manhãs", Emanuelle Araújo é quem interpreta a cantora do hit "Conga, conga, conga". Ao todo, Arlindo se casou oito vezes. Seu primeiro matrimônio foi com a também atriz Angelina Muniz, que ele conheceu durante as gravações da pornochanchada "As borboletas também amam", de 1979.
Abuso de drogas
Ao contar como fazia para ser tão engraçado, o personagem de Vladimir Brichta em "O rei das Manhãs" dá uma explicação simples: 70% inspiração e 30% uísque. E não é à toa. Na vida real, Arlindo teve problemas com bebida e com drogas. Ao contrário do que acontece no filme, ele garante que não chegou a se drogar durante o trabalho, mas confessa que realmente teve problemas. Além do álcool, ele foi viciado em cocaína. O abuso das substâncias se intensificou após a morte da mãe, em 82.
Vida religiosa
O problema com as drogas só foi superado depois que Arlindo se converteu à Igreja Batista. Ele se tornou pastor e passou a se apresentar como um outro palhaço, o Mr. Clown, em igrejas pelo Brasil. Ele é impedido por lei de usar o nome "Bozo". Seu objetivo é pregar a religião através de seu personagem. A vida religiosa é tão importante para ele, que Arlindo só autorizou o filme com sua história, se incluíssem a conversão na história.
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Redação iBahia
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