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CINEMA

'A Lavanderia’ usa sarcasmo para falar de corrupção

Filme tem Meryl Streep e Antonio Banderas no elenco

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Redação iBahia

29/10/2019 às 10:17 • Atualizada em 30/08/2022 às 14:02 - há XX semanas
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Em 2016, o mundo se deparou com a revelação de um esquema antigo e gigantesco que expôs o modus operandi de empresas de fachada, sediadas em paraísos fiscais, usadas para lavar dinheiro. O escândalo conhecido como “Panama Papers” é o pano de fundo para ‘A Lavanderia’, a nova produção da Netflix, que abusa do sarcasmo e dos planos-sequência para explicar, de forma crítica e didática, como diversas empresas e multimilionários burlaram as leis para gerar riqueza mundo afora.

Foto: Divulgação

Vivendo os donos da sociedade de advogados panamenha Mossack Fonseca, epicentro de todo o escândalo, Antonio Banderas e Gary Oldman abrem o filme explicando o funcionamento do mecanismo. Não precisa ser economista ou tributarista para sacar desde o primeiro minuto a falcatrua estampada no deboche dos personagens e nos fatos que começam a se desenrolar na história.

Todo o crime ganha corpo após um barco de passeio virar matando várias pessoas, dentre ela o marido da personagem vivida pela genial Meryl Streep. É na busca pelo pagamento da indenização que se descobre o golpe e suas inúmeras ramificações em diversos países do mundo. A saga da aposentada embala o filme de ponta a ponta, mas não evita que em determinados momentos a história perca o ritmo e se torne um pouco maçante. Para compensar, no terço final da epopeia o longa ganha velocidade e impressiona ao revelar todo o esquema de corrupção, que inclui a nossa conhecida Odebrecht, chefes de estado e ricaços dos quatro cantos do planeta.

Dirigido por Steven Soderbergh, ‘A Lavanderia’ segue a linha já bem explorada por ele, responsável por sucessos como ‘Traffic’ e ‘Erin Brockovich – Uma Mulher de Talento’, filme que deu o Oscar a Julia Roberts. O roteiro poderia ser mais audacioso, colocando o dedo mais fundo na ferida, mas o resultado final não prejudica o entendimento do espectador, cumpre o papel de expor a teia de corrupção que agia desde a década de 1970 e critica o ambiente fértil que permitiu a atuação de seus protagonistas. Vale a pena ver ‘A Lavanderia’ para conhecer o assunto e também para contemplar mais uma brilhante atuação de dona Meryl Streep.


Heyder Mustafá é jornalista e produtor cultural formado pela UFBA, editor de conteúdo da GFM e Bahia FM, apresentador do Fala Bahia e apaixonado por cinema, literatura e viagens.

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