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Juros de empréstimos podem cair caso Copom reduza Selic

A taxa média de juros passa de 6,18% para 6,14% ao mês. Entre as taxas que devem sofrer maior influência está a de financiamento de veículos

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11/07/2012 às 13:19 • Atualizada em 29/08/2022 às 6:05 - há XX semanas
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O possível corte na taxa básica de juros, a Selic, nesta quarta-feira (11) pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) deve gerar efeitos no bolso dos consumidores. Um desses impactos será nas taxas de juros cobradas nos empréstimos. De acordo com simulação feita pela Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), se a taxa Selic for reduzida em 0,5 ponto percentual, para 8% ao ano, como preveem analistas, a taxa de juros cobrada dos consumidores também cairá, apesar de ser uma redução pequena. Por essa estimativa, a taxa média de juros passa de 6,18% para 6,14% ao mês. Entre as taxas que devem sofrer maior influência está a de financiamento de veículos, que pode passar, na média, de 1,85% para 1,81% ao mês. Já a taxa mensal do cartão de crédito, a mais alta, vai de 10,69% para 10,65%. A do cheque especial passa de 8,24% para 8,2%. E os juros cobrados no comércio caem de 4,72% para 4,68% ao mês. Segundo o estudo da Anefac, há “um deslocamento muito grande entre a Selic e as taxas de juros cobradas aos consumidores”. Isso ocorre porque na taxa de juros cobrada dos consumidores há alguns custos embutidos. A influência da Selic está na queda do custo de captação de recursos pelos bancos. Quanto a taxa básica é reduzida, o custo de captação pelos bancos diminui. Mas outros custos permanecem, como impostos e depósitos compulsórios, despesas administrativas das instituições financeiras e o risco, uma vez que parte dos clientes não vai pagar o empréstimo. Os bancos também tiram das taxas de juros o lucro por emprestar dinheiro. Além da influência nas taxas de juros, a alteração na Selic muda a forma de remuneração da poupança. Em 4 de maio deste ano, o governo editou a Medida Provisória (MP) 567, que estabeleceu nova regra para a remuneração de poupança, sempre que a taxa básica de juros, a Selic, for igual ou menor que 8,5% ao ano. Nesse caso, a forma de remuneração passou a ser 70% da taxa Selic mais a Taxa Referencial (TR), calculada todos os dias pelo BC. No dia 30 de maio, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC reduziu a Selic em 0,5 ponto percentual, para 8,5% ao ano, atual patamar da taxa. Assim, a regra de remuneração, que era TR mais 0,5% ao mês, mudou para os novos depósitos. Aqueles feitos antes da MP continuaram com a forma de rendimento antigo. No site do BC, é possível conferir a remuneração e as regras da poupança. O Copom reduz a Selic quando considera que a inflação está sob controle e quer estimular a atividade econômica. A economia este ano está em ritmo mais lento, o que tem levado à revisão das projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país. A estimativa do BC passou de 3,5% para 2,5%. Já a de instituições financeiras consultadas todas as semanas pelo BC caiu de 2,05% para 2,01%, este ano. Hoje, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) também reduziu sua estimativa de expansão do PIB, de 3% para 2,1%.

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