Há 100 anos, durante a Exposição Internacional do Rio de Janeiro no centenário de emancipação do país, acontecia a 1ª grande transmissão radiofônica no Brasil. Do estúdio ao streaming, o meio passou por mudanças, enfrentou obstáculos e precisou ser reinventado ao longo dos anos.
A primeira transmissão ocorreu com o discurso do então presidente Epitácio Pessoa. No entanto, a história da rádio pode ter começado já em 1919, em Recife. Segundo pesquisadores, a Rádio Clube de Pernambuco teve papel pioneiro no desenvolvimento do veículo de massa.
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A emissora era formada por estudantes radioamadores em 6 de abril daquele ano, e chegou a ser reinaugurada em 1923, o que garantiu o pioneirismo técnico. A Rádio Sociedade de Edgard Roquette-Pinto, considerado pai do rádio brasileiro e da radiodifusão, foi a primeira rádio oficial, e só nasceu apenas no ano seguinte, em 20 de abril de 1920.
Desde então, o veículo se consolidou como um dos mais importantes e rotineiros na comunicação da atualidade. Nem mesmo com a suposição de ameaças de extinção, com o surgimento da televisão e o nascimento da internet, enfraqueceram a presença radiofônica. Pelo contrário, permitiram a evolução do meio.
A partir de 30 de abril de 1923, a rádio passou a operar com um transmissor doado pela Casa Pekan, de Buenos Aires, e instalada na estação Escola Politécnica, na então capital federal. Foi durante o governo de Getúlio Vargas que o meio de comunicação explodiu.
Em 1936, surgiu a Rádio Nacional do Rio de Janeiro, que se tornou a emissora mais importante do país. Programas jornalísticos como Repórter Esso e as primeiras radionovelas marcam o período.
Já nos anos 90, surgiram as primeiras rádios na internet e, em 2005, ocorreram as primeiras transmissões de rádio no sistema digital, consagrando a popularização do veículo.
O relatório do Kantar IBOPE Media de 2021 indica que o consumo de rádio aumentou 186% nos últimos dos anos, com destaque para a Região Sul. Os ouvintes declararam que se informam e se divertem pelas plataformas diariamente.
Passados 100 anos, o rádio continua sendo, até os dias atuais, o veículo de maior alcance em todo o território brasileiro, principalmente por atingir as regiões mais remotas do país e as mais diferentes classes sociais.
Comemorações
Para celebrar o centenário do rádio no Brasil, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) preparou ações comemorativas.
Na última segunda-feira (5) foi liberada a veiculação gratuita do spot de 30” que ressalta as várias áreas de atuação do rádio, seja em relação às notícias, ao esporte, utilidade pública ou música, além de mencionar a constante renovação do meio ao longo desses 100 anos.
Na terça-feira (6), um vídeo comemorativo foi disponibilizado para veiculação nas TV's e redes sociais.
Nesta quarta-feira (7), data do primeiro centenário das transmissões oficiais no Brasil, a ABERT lança o Memorial do Rádio, uma viagem virtual pelas 10 décadas de uma história que está entrelaçada com a vida do brasileiro.
A exposição relembra a trajetória do rádio, cronologicamente dividida por temas, com centenas de áudios, fotos e imagens que contam um século de radiodifusão no Brasil.
Ainda na quarta-feira, o público poderá votar no site da Mostra Rádio em Movimento e escolher o aparelho modelo capelinha preferido. A votação será até o dia 25 de setembro, quando é comemorado o Dia Nacional do Rádio.
Três artistas de cada unidade da Federação foram escolhidos para homenagear os 100 anos do rádio e da Semana de Arte Moderna. A mostra reúne arte e cultura, com muito estilo e criatividade.
Os vencedores dos 26 estados e do Distrito Federal estarão em exposição no Museu Nacional da República, em Brasília, em novembro.
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Redação iBahia
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