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Letieres Leite Quinteto foi uma das atrações principais da noite |
Bebês de colo, crianças brincando, jovens, adultos, idosos, casais apaixonados, solteiros à procura, brasileiros e estrangeiros. Assim é a plateia multicolor que se mistura em harmonia no Festival de Jazz do Capão. O evento realizado no Vale do Capão, no Parque Nacional da Chapada Diamantina, estreou a edição 2013 na noite desta sexta-feira (12), atraindo cerca de 1.500 pessoas durante a noite, na Praça do Capão.
Veja também: iBahia estará presente no Festival de Jazz do Capão nesse fim de semana Quem abriu os trabalhos, nesta sexta-feira, foi o baterista Kiko Freitas com o workshop de bateria atraindo visitantes amantes do instrumento, às 09h30, no circo do Capão. Já no período da tarde o exímio gaitista Gabriel Grossi comandou uma aula de gaita, às 14h30, no mesmo local. Mas a badalação ficou por conta dos shows, também gratuitos, que acontecem no palco montado ao lado do coreto da Praça - onde também foram instalados diversos stands e barracas de artesanato, comidas e bebidas. A banquinha do Circuito Motiva está marcando presença no Festival, vendendo CDs e artigos promocionais de artistas do evento e do cenário independente baiano e nacional.
Jazz e MPB na Praça Os atores e mestres de cerimônia Evelin Buchegger e Maurício Oliveira deram as boas vindas à primeira atração da noite, o Coral do Capão, por volta das 20h30. O grupo, formado por crianças e adultos moradores do vilarejo, emocionou uma plateia mista com pais e amigos dos coralistas. O coral canta cirandas e canções de artistas da MPB como Gilberto Gil e do grupo Palavra Cantada. Logo depois do Coral, quem subiu ao palco foi a atração mais aguardada da noite: Letieres Leite Quiteto. O grupo de Salvador tocou temas instrumentais para uma praça lotada e agradou. No repertório, que aposta na aliança entre a música ancestral baiana e conceitos de jazz, não faltaram improvisações e solos dos músicos Letieres Leite (sax), Ldson Galter(baixo), Marcelo Galter (teclados), Tito (bateria) e Luisinho do Jeje (percussão). "Estou achando ótimo descobrir essas novas Bahias [sic], que não é só litorânea, é também do Sertão e com culturas específicas como a desta região montanhosa. É muito bacana ver a valorização de outras linguagens musicais, sem a presença da música afro-axezada", avaliou o visitante Tiago Di Mauro, cineasta baiano, radicado em Londres, que está conhecendo o Capão pela primeira vez. E quem fechou a noite foi o multi-instrumentista paranaense, criado em Salvador, Munir Hossn que apresentou no palco um mix de referências brasileiras, africanas e indígenas. O Festival segue até este sábado com shows e oficinas gratuitas com atrações renomadas como João Bosco e Gabriel Grossi.
Fotos: Lívia Rangel/iBahia