A prefeitura já começou a montar um cerco para evitar que os ônibus com origem em cidades da Região Metropolitana (RMS) continuem a invadir o sistema de transporte coletivo de Salvador. Inicialmente, o alvo é impedir a circulação dos veículos que acessam a capital pela orla, permitindo a eles apenas a integração a partir da Estação Mussurunga. “Hoje, mais de 800 metropolitanos cruzam diariamente nossa cidade sem qualquer tipo de fiscalização por parte da Agerba. É uma frota velha e em condições lastimáveis, com média de uso de oito a dez anos, enquanto a daqui é de quatro. Além do mais, não liberam a utilização de bilhete único. O que gera reclamações diariamente dos usuários”, afirmou o secretário municipal de Mobilidade, Fábio Mota.
Na quarta-feira, será concluído um estudo que será apresentado à Agerba, agência do governo responsável pela regulação do setor de transporte público no estado. “A ideia é propor a criação desses limites para breve”, acrescentou Mota. Caso haja resistência, a prefeitura quer proibir empresas da RMS de transportarem passageiros que circulem somente nos limites da capital.Cabo de guerra A ofensiva para conter a circulação dos ônibus metropolitanos encontra resistência entre sócios de consórcios que atuam na capital, parte deles também donos de empresas de transporte da RMS, interessados em manter os lucros com os passageiros de Salvador. Como não têm que atender as regras que obrigam a renovação da frotas e nem estão sujeitos à fiscalização da prefeitura, considerada mais rígida, a margem de ganho é maior do que obtêm nos coletivos da cidade. Do outro lado, os empresários que atendem a orla reclamam das gradativas perdas. “Os metropolitanos transportam 2,3 milhões de passageiros por mês em Salvador. Isso causa desequilíbrio no sistema. E o governo do estado já se mostrou sensível às dificuldades”, avaliou Fábio Mota.Passo a passo A princípio, o veto à entrada dos ônibus da RMS em Salvador só poderá começar quando todo os 42 quilômetros do metrô da capital estiverem em plena operação, como estabelece o convênio firmado entre prefeitura e governo do estado. No momento, apenas a Linha 1 (Pirajá-Lapa) entrou em funcionamento. Mesmo assim, 30% dos coletivos metropolitanos que acessam a capital pela BR-324 já fazem a integração, a partir da Estação Pirajá. A Linha 2 (Acesso Norte-Paralela-Lauro de Freitas) ainda está em obras, quando os coletivos da RMS que entram na cidade pelo eixo orla-Paralela serão todos integrados ao metrô em Mussurunga.
Foto: Arquivo Correio |
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Redação iBahia
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