Pesquisadora propõe discussão sobre mulheres na área de exatas

Pesquisadora do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher (Neim) da Ufba, a professora Ângela Maria Freire de Lima e Souza defende a problematização do que se costuma ser dito sobre o crescimento da participação das mulheres em cursos da área de exatas. “Não há um crescimento significativo em todos os cursos”, argumenta. Atualmente, junto com a também pesquisadora Márcia Barbosa de Menezes ela tem acompanhado o ingresso de mulheres na Ufba nos cursos da Área I (Exatas). Primeira mulher a dirigir a Faculdade Politécnica, Tatiana Dumêt defende que desde a década de 70 já se percebe um crescimento do percentual de mulheres que ingressam nos cursos de engenharia. Atualmente, com base nos dados de ingresso em 2014, as mulheres representam 26% do corpo discente da Politécnica da Ufba. “Esse percentual muda nos cursos, nas engenharias ambientais temos as mulheres correspondendo mais de 52% dos alunos, mas na Computação só 10%”, exemplifica. Secretária de Políticas para Mulheres do governo do estado, Olívia Santana tem visão otimista sobre o crescimento da participação das mulheres, mas acredita que isso só vai ocorrer com mais mobilização. No mês passado, sua pasta abriu um grupo de trabalho que está elaborando um plano de ação para sensibilização de empresas e de universidades para estimular a participação de mulheres na área da construção, engenharia e produção. “Não basta só ter formação, precisamos também que os mercados de trabalho invistam nessas profissionais”, afirma Olívia.