O aumento na violência durante as 43 horas de greve da Polícia Militar no Estado voltou a ser assunto para o governador Jaques Wagner (PT). Durante o programa de rádio 'Conversa com o Governador' desta semana, ele destacou as consequências registradas no período, com
mais de 50 mortes e classificou como 'imprópria' a medida adotada pelos manifestantes, uma vez que as negociações poderiam ter sido realizadas sem a necessidade de uma paralisação, onde homens da própria categoria acabaram perdendo a vida. "O volume de assassinatos cresceu muito em relação a um igual período de normalidade, inclusive com a perda da vida de cinco policiais militares, que no seu dia a dia colocam a própria vida para defender a de todos. Então, eu realmente considero que foi totalmente impróprio, além de ser ilegal e inconstitucional", disse. Além disso, Wagner revelou que está levantando um balanço para analisar o melhor momento de suspender a 'Garantia da Lei e da Ordem', que fizeram com que as tropas das Forças Armadas assumissem a segurança da capital baiana e sua região metropolitana, antes de avaliar como um "avanço significativo para a categoria" as negociações sobre as bases salariais e gratificações da classe militar. "Espero que tenhamos uma normalização total, que já está acontecendo. Estou avaliando com o ministro da Justiça e com o general que comanda as ações da Garantia da Lei e da Ordem, todos os dias, fazendo um balanço para ver o momento que a gente possa suspender, mas não tem data marcada para isso. Vai depender dessa avaliação diária", pontuou. O governador ainda contou como vem enfrentando a situação após o término declarado da greve. "Com muita preocupação. Foi uma semana de muita tensão, uma semana que deveria ser de tranquilidade, porque é a semana da Páscoa. Infelizmente, em função de uma decisão que eu considero completamente precipitada e unilateral, na medida em que era público que estávamos em um processo de negociação, chegando a assinar com uma das lideranças a proposta que ao final foi recolocada, e eles voltaram após 35 horas de greve. Era totalmente desnecessário fazer o povo baiano passar por esse sofrimento", avaliou.