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BAHIA

Cuidados com a voz na folia evitam rouquidão e inflamações na garganta

Ingerir muita água no percurso da folia é muito importante para hidratar o corpo e as cordas vocais

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12/02/2012 às 16:55 • Atualizada em 02/09/2022 às 3:38 - há XX semanas
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Dentro de mais alguns dias está previsto o início da maior festa popular do planeta. Com ela, chega uma maratona de noites perdidas, quebra de rotinas, excessos físicos, muitos gritos para extravasar, festejar e até mesmo dividir com a atração predileta a canção mais bonita do Carnaval.
Nada disso, no entanto, precisa se transformar em rouquidão, perda da voz (disfonia) ou, no caso de pessoas com o problema, inflamações mais severas nas cordas vocais. De acordo com a médica e vice-presidente da Sociedade de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Bahia, Clarice Saba, alguns cuidados simples podem ser bem úteis nesse período para prevenir e tratar os excessos com a voz.&nb
Para as pessoas que não usam a voz como instrumento de trabalho, a médica lembra que é bom não exagerar na hora de festejar. “A primeira e mais importante orientação é tentar não competir com os cantores e o som dos trios no momento de cantar”, lembra a otorrinolaringologista.Outra dica importante é ingerir muita água no percurso da folia para hidratar o corpo e as cordas vocais. “A preferência é que a água seja mais próxima do natural”, diz a médica.Para os casos onde a rouquidão já está instalada, a saída é repousar a voz, mantendo o silêncio. Aliado a isso, a especialista diz que de um modo geral é importante não forçar a voz, evitando sussurrar ou gritar, pois esses extremos forçam a musculatura das cordas vocais. No caso de haver irritação na garganta, Clarice Saba lembra que a receita caseira de gargarejos com água morna e sal é bastante eficiente para aliviar as irritações e combater a ação de agentes infecciosos. Na hora de limpar a garganta nada de forçar. A alternativa é ingerir água com gotinhas de limão ou comer maçã.Para aqueles que têm a voz como instrumento de trabalho, especialmente os cantores que atuam nesse período, Clarice Saba destaca que é absolutamente importante realizar os exercícios específicos de aquecimento da voz e relaxamento para garantir o alcance de agudos ou graves e não prejudicar a performance. Ela ainda alerta para que os profissionais evitem o uso de bebida alcoólica.“Ainda existe quem acredite no mito de que, para aquecer a corda vocal, é bom utilizar bebida alcoólica”, alerta a médica.A cantora Margareth Menezes, por exemplo, diz que nesse período, reforça os cuidados na hidratação, horas de sono e alimentação. “Quando chega próximo à folia, em geral um mês antes, visito um profissional especializado e sigo à risca um programa elaborado por ele. No Carnaval, nós cantamos por no mínimo quatro e no máximo nove horas seguidas. É extenuante para o corpo e, por isso, é preciso estar bem preparado”, afirma a cantora.Na verdade, o álcool e o cigarro são dois inimigos ferozes da voz e a junção de ambos tornam essa combinação ainda mais perigosa. “O Brasil só perde para a Espanha em número de casos de câncer de laringe, daí a necessidade de cuidar muito bem dessa área e prevenir as lesões que afetam a garganta”, esclarece.A médica explica que o fumo é um inimigo em potencial das cordas vocais. “Fumar prejudica a todos. A voz profissional, em especial, é afetada quando a alta temperatura e os agentes químicos trazidos pela fumaça entram em contato com as pregas vocais na inspiração e na expiração, lesando aos poucos sua estrutura”, detalha Saba.A especialista lembra que quaisquer alterações na voz que durem mais de uma semana devem ser submetidas imediatamente à verificação médica. “Vale lembrar que embora as complicações decorrentes do álcool e do cigarro afetem os adultos, nenhuma faixa etária está livre de complicações, inclusive as crianças”, completa.Clarice Saba ressalta ainda que atores, advogados, radialistas, jornalistas, professores e outros profissionais precisam de uma atenção maior com a voz e devem fazer exames de videolaringoscopia pelo menos uma vez por ano. “Esse cuidado permite que lesões simples, como os calos, sejam tratados a tempo e que problemas maiores sejam evitados antes mesmo que eles surjam, comprometendo o trabalho dessas categorias”, completa.

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