O corpo do músico Luiz Galvão foi cremado em São Paulo na segunda-feira (24), no Funeral Arce, no bairro do Morumbi. Público deve acesso ao velório do baiano e ao lado de amigos e familiares se despediram do artista. A cinza do poeta serão transportadas para Juazeiro, no norte da Bahia, e serão jogadas no Rio São Francisco.
Luiz Galvão, fundador do grupo Novos Baianos, morreu na noite de sábado (22), na capital paulista, aos 87 anos. O anúncio foi feito por Janete Galvão, esposa do músico.
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Luiz estava internado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, desde 16 de setembro, com suspeita de hemorragia gastrointestinal. No dia 18 de setembro o artista foi transferido para o Instituto do Coração (Incor), também na capital paulista.
Ainda de acordo com Janete, ele foi levado ao hospital depois de passar mal, mas chegou a receber alta no dia 14 de setembro. Porém, ele voltou a se sentir mal e no mesmo dia foi intubado em uma Unidade de Tratamento Intensivo.
A esposa de Luiz, explica que ele enfrentava problemas de saúde há algum tempo, não conseguia mais andar e já havia sofrido um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e um infarto. Além disso, ele também era diabético.
Quem foi Luiz Galvão
Nascido em 22 de julho de 1937, em Juazeiro, norte da Bahia, Luiz Dias Galvão teve uma trajetória comum a de muitos garotos. Fã de futebol, Luiz chegou a ser atleta profissional em sua cidade e até mesmo campeão baiano de futebol de salão. Entretanto, não foi pelo esporte que ele ficou conhecido.
Durante seus seis anos estudando agronomia, até que por fim o artista resolveu desistir daquilo e viver do que realmente amava. Junto com João Gilberto, um amigo que conheceu durante sua adolescência em Juazeiro, Luiz marcou a história da música brasileira.
Alguns anos depois, Luiz e João se juntaram, em Salvador, a outros jovens vindos do interior da Bahia. Junto a Paulo Roberto Figueiredo de Oliveira (Paulinho Boca de Cantor), que veio de Santa Inês, no sul da Bahia e Antônio Carlos Moraes Pires, de Ituaçu, no sudoeste baiano, Luiz montou o famoso grupo Novos Baianos. Depois disso, o grupo ganhou o reforço de Baby do Brasil e Pepeu Gomes.
Em 1970, o grupo lançou seu disco de estreia “Ferro na Boneca” e foi morar no oeste do Rio de Janeiro. Lá, eles se conectaram com o Hippie dos Estados Unidos e Europa, durante o regime de ditadura militar no Brasil.
Não muito tempo depois, o grupo lançou o álbum “Acabou chorare”, que misturava samba, rock, bossa nova, frevo, baião e choro. Este foi o trabalho que consagrou os Novos Baianos em todo o país, além disso, o disco foi eleito pela Rolling Stone como o melhor da história da música brasileira em outubro de 2007.
Luiz era compositor de grande parte das músicas do grupo e também escreveu os livros “Novos Baianos: A história do grupo que mudou a MPB”, “João Gilberto: a bossa”. Ele escreveu também o livro “Anos 80: A história de uma amizade na década perdida”.
A poesia, a arte, a música e , principalmente, o amor pela Bahia são os legados que Luiz Galvão deixa para trás. Bem humorado, Luiz falava sobre o povo nordestino e sua cidade com grande carinho, sempre levando Juazeiro consigo em suas obras e no seu jeito de ser.
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Redação iBahia
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