Quem nunca ouviu falar do Caribe mexicano com toda a sua beleza natural, cultura e diversão? A vontade de ir é grande, mas muitas vezes o bolso grita ou você acaba se perguntando se na Bahia temos algo assim.
E mesmo que tenhamos uma mania de achar que a grama do vizinho é mais verde, o NÃO ÓBVIO vai mostrar que a nossa grama não é somente apenas bem verde como também repleta de flores, cultura e muita gastronomia nova para provar.
As ilhas baianas possuem histórias curiosas e uma rica mistura do passado com a atualidade, além de vistas poderosas para quem quer sentir que está vendo o melhor do país. Confira, então dicas certeiras de ilhas pertinho de Salvador para que possa chamar de Caribe Baiano!
1. O passeio para as cinco ilhas da Baía de Camamu
Para quem quer turistar por um dia em várias ilhas e tirar fotos incríveis, a dica está na terceira maior baía do Brasil em volume de águas, a Baía de Camamu, que fica atrás somente das baías de Todos os Santos e de Guanabara. Além de praias, florestas e manguezais, ela abriga diversas ilhas de variados tamanhos. Algumas das ilhas mais famosas e livres para as entradas de turistas podem ser conhecidas através do Passeio das Cinco Ilhas, saindo de Barra Grande ou de Camamu.
Para fazer o tour, que dura 6h no total, basta fechar um pacote em qualquer empresa de lanchas, escunas ou barcos, que ficam espalhadas por Barra Grande (o mesmo pode ser feito em Camamu).
A Ilha da Pedra Furada é a única privada das cinco e custa R$ 5 para uma estadia de 40 minutos. O nome já diz muito: ali, estão diversas pedras com buracos, que deixam vistas emolduradas de um lado para o outro, gerando vários cliques criativos dos turistas.
As pedras acumulam flores de diversas cores nas suas superfícies e o espaço possui praias com águas cristalinas e tranquilas. Dentro da ilha, um balanço brinca em meios às árvores. O mesmo acontece na Ilha do Goió, outra parada. Lá, os turistas costumam dar pulos das embarcações para o mar e logo depois vão para a Ilha do Sapinho, onde param em um restaurante.
A Ilha Grande e a de Campinho são as outras duas do roteiro, mas todo o passeio não chega a mostrar a Baía completa, então para saber mais sobre as outras ilhas, basta acessar o site oficial de Barra Grande e conferir mais opções.
☌ Como chegar: 6h de passio completo indo de barco, escuna ou lancha, saindo de Barra Grande ou de Camamu.
☌ Preço da entrada: R$ 50 para o passeio + R$ 5 para a Ilha da Pedra Furada
☌ Hospedagem ou passeio? São ilhas para visitar e não para se hospedar.
☌ Dias de funcionamento: depende do pacote fechado com a empresa de escuna, barco ou lancha.
☌ Site oficial
2. Ilha do Bom Jesus dos Passos
Antes chamada de Pataíba Assú ou madeira de palmeira pati, a ilha é uma das citadas pelo agricultor, empresário português e historiador Gabriel Soares de Sousa (1540-1592) e pertencente a Antônio Costa em 1613.
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Inicialmente habitada pelos indígenas tupinambás, a ilha teve o seu nome modificado em 1776, ano em que o Dr. André de Carvalho construiu a igreja que possui o estilo neoclássico.
A mesma já foi alvo de ataques de holandeses e alguns até se estabeleceram.
Hoje, a ilha baiana e a 67Km de Salvador se destaca pela forte religiosidade e por seus costumes variados, como por exemplo, em janeiro, toda região se prepara para a sua grande festa em louvor ao Padroeiro de mesmo nome.
Quanto ao que pode ser encontrado lá, em meio aos manguezais e florestas densas, a ilha de Bom Jesus desenha um belíssimo cenário tendo o vasto mar azul e águas calmas, que são ideias para pesca e para a prática de esportes náuticos, e a Igreja do Bom Jesus dos Passos no fundo.
E quando o assunto são praias paradisíacas, as mais procuradas são Pontinha e Ponta do Padre. No mais, pousadas, culinária a base de pescados, bolinhos de arroz e a vista, são coisas que não sairão da sua memória.
☌ Como chegar: É preciso ir em direção a Madre de Deus, que fica a 63Km de Salvador, e no terminal marítimo de Madre de Deus pegar uma lancha que vá a ilha. As lanchas costumam sair a cada meia hora.
☌ Preço da entrada: a travessia custa em média R$ 5 + R$ 0,90 de taxa de embarque.
☌ Hospedagem ou passeio? Serve para se hospedar e curtir outras ilhas ao redor.
qualquer dia da semana.
3. Ilha da Maré
Localizada na Baía de Todos os Santos e pertencente ao município de Salvador, e sendo considerada como o bairro mais negro de Salvador, a ilha conta uma história que buscamos superar e quitar a dívida pelos nossos antepassados.
No século 16, os primeiros negros chegavam a força na ilha para servirem o modelo escravocrata dos senhores de engenho, e nas 11 comunidades que formaram a ilha durante os anos, até hoje encontramos traços do passado. Um exemplo seria o museu que antes era o Engenho Freguesia, no município de Candeias.
Dentro da ilha, estão a Igreja de Nossa Senhora das Neves, uma das mais antigas do Brasil e a primeira construída a ilha, anexada ao antigo engenho.
Outra herança do passado são a obtenção de renda pela produção de doces de banana que marcam profundamente a cultura do local e a pesca.
Hoje, por conta do transporte entre as comunidades em direção a Salvador serem realizadas por meio de embarcações, as ruas da ilha são muito tranquilas ao ponto de não ter tantas opções de bares e restaurantes em algumas praias de lá, e por isso é melhor ir nos fins de semana que tem mais movimento.
Dentro das diversas praias, a Praia Grande é a maior e a mais desenvolvida delas.
Por não ser muito visitada por turistas e pela pouca divulgação, os restaurantes e bares são bem simples e não tem muitas opções. Para garantir um bom passeio, planeje não só a ida pelo Terminal Hidroviário de São Tomé de Paripe para pegar um barco, como também leve petiscos, salgadinhos, bebidas e o que mais desejar!
☌ Como chegar: Em Salvador, você precisa ir até a base naval e de lá saem barcos no Terminal Hidroviário de São Tomé de Paripe.
☌ Preço da entrada: os barcos maiores cobram em média R$ 4. Barcos menores cobram R$5 por pessoa até encher o barco com 6 passageiros.
☌ Hospedagem ou passeio? Ideal para 1 dia de visitação.
☌ Dias de funcionamento: Melhor ir nos fins de semana.
4. Ilha Maria da Guarda
Com um ambiente tranquilizante, a ilha Maria da Guarda que pertence ao município Madre de Deus é elogiada pelos nativos receptivos e pela culinária.
Além da tranquilidade e do povo local super receptivo, é possível aproveitar as praias, passeios de barco, andar de caiaque ou de bicicleta para curtir ainda mais e registrar as paisagens.
Para quem busca sossego e simplicidade, a ilha Maria Guarda é perfeita por não ter muita agitação. Vale a pena conferir, caso queira passar o fim de semana, a Pousada Pôr do Sol que possui vista para a praia e é a mais procurada da ilha pelo excelente atendimento e zelo com os hóspedes.
☌ Como chegar: no terminal marítimo de Madre de Deus. Dura em média 15 minutos até a chegada.
☌ Preço da entrada: a travessia custa R$ 4 + R$ 0,90 de taxa de embarque.
☌ Hospedagem ou passeio? Serve para se hospedar e curtir outras ilhas ao redor.
☌ Dias de funcionamento: qualquer dia da semana.
EXTRA: Ilha de Itaparica
Quem se perde nas belezas naturais da ilha de Itaparica, mal sabe ou simplesmente esquece que lá já foi moradia dos indígenas tupinambás e encontrada mais tarde pelo navegador europeu Américo Vespúcio em novembro de 1501.
E por incrível que pareça, lá já foi palco de batalha durante a luta pela Independência da Bahia entre os anos de 1821 e 1823, que ocorreram não só em terra como também nos mares baianos.
Pulando o lado histórico, a ilha que está a 13Km de distância de Salvador (por vias marítimas) tem o apelido de caribe baiano já que lá pode-se encontrar praias com águas tranquilas, cristalinas e mornas em meio a uma paisagem de tirar o fôlego!
Além das águas cristalinas e possíveis piscinas naturais que se formam durante a maré cheia, a ilha é cercada por recifes de corais que são perfeitos para mergulhos, conta com manguezais, vegetações e coqueirais.
Além das praias, é interessante fazer uma viagem no tempo ao visitar lugares históricos como o Centro Histórico de Itaparica que contém belíssimas casas coloridas que faziam parte do período colonial do Brasil, capelas, o Forte São Lourenço e muito mais.
☌ Como chegar: O caminho mais rápido é pelo mar, com a duração de 1h de viagem. Indo em direção ao Terminal São Joaquim, onde as travessias ocorrem de 6h a 21h.
☌ Preço da entrada: a travessia custa em média R$ 5 e pode ter taxa de embarque.
☌ Hospedagem ou passeio? Serve para se hospedar e curtir a ilha.
☌ Dias de funcionamento: qualquer dia da semana.
Conteúdo divulgado em parceria com o Não Óbvio
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Redação iBahia
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