O município de Itaparica fica situado no norte da Ilha que possui o mesmo nome, no coração da Baía de Todos-os-Santos, a 20km de Salvador. Com grande diversidade, Itaparica possui belezas naturais como manguezais, praias, fontes hidrominerais e Mata Atlântica, além do rico patrimônio cultural e religioso.
Neste guia, o turista, seja baiano, brasileiro ou de fora do país, vai encontrar as principais informações para curtir Itaparica do melhor jeito. Aqui, você encontra como chegar neste paraíso, o que fazer, quando ir, onde ficar e onde comer, além de conhecer um pouco da história da região. Confira:
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História
Em 1831, no dia 25 de outubro, a ilha foi desmembrada do município de Salvador com o nome "Denodada Vila de Itaparica".
Segundo informações da Prefeitura de Itaparica, a origem da ilha possui várias versões. Uma delas diz que foi batizada com esse nome pelos portugueses porque a região parecia com as terras de "Caparica", povoação às margens do Rio Tejo, em Portugal.
Em uma outra versão, o nome é oriundo de "Itapari", em alusão a corda de recifes que protege a costa oceânica. E há ainda quem conta que o nome vem de "Taparica", um cacique da região.
A plantação de cana de açúcar, a criação de gado bovino e a pesca foram as primeiras atividades econômicas do local. Já em 1603 inicia-se a caça às baleias na Baía, uma atividade que se estendeu até o século XX e virou a principal atividade econômica da região.
Em 1647, os holandeses ocuparam a ilha, permaneceram por quase um ano e construíram o primeiro forte da ilha.
Vale ainda pontuar que Itaparica também foi crucial para a vitória na Independência do Brasil na Bahia. No dia 7 de janeiro de 1823, no ano posterior ao grito de Independência de D. Pedro I, no 7 de setembro, a população da ilha venceu uma batalha que impediu a retomada do exército lusitano.
Como chegar
É possível chegar à Ilha de Itaparica através do ferry-boat saindo de Salvador, assim como através do serviço de lanchinhas. Outra possibilidade é com lancha particular ou através de passeios fechados por agências. Apesar de ser uma ilha, é possível chegar em Itaparica por via terrestre. Confira as opções:
- Ferry-boat, saindo do Terminal de São Joaquim, em Salvador
As embarcações saem do Terminal de São Joaquim, na Cidade Baixa, com destino a Bom Despacho. É possível fazer o trajeto como pedestre ou de carro. De segunda à sexta, o valor para pedestre é R$ 6,10. Nos finais de semanas e feriado, a tarifa aumenta para R$ 8,10.
O preço da travessia dos veículos varia de acordo com o tamanho do automóvel, entre R$ 55 a R$ 70,20 (de segunda à sexta) e R$ 77,90 a R$ 99,20.
Há a possibilidade também de garantir a vaga através do serviço Hora Marcada. As vendas são feitas pelo site da Internacional Travessias. O trajeto dura, em média 2 horas e 20 minutos.
- Lancha, saindo do Terminal Náutico, em Salvador
A lancha leva os turistas do Terminal Náutico, no Comércio, até o Terminal Vera Cruz, em Mar Grande. A viagem dura 45 minutos e está disponível de hora em hora.
Aos domingos e feriados, os valores das tarifas são, no sentido Salvador-Mar Grande, R$ 9,80. Já no sentido de Mar Grande para a capital a passagem custa R$ 8,20. De segunda-feira a sábado, de Salvador para Mar Grande: R$ 7,70 e no sentido inverso R$ 6,10.
- Via terrestre saindo de Salvador
Saia de Salvador pela BR-101 até Santo Antônio de Jesus, siga até Nazaré das Farinhas, via BA-028, e, por último, percorre a BA-001, que liga Nazaré à ilha. O percurso, desde o início da BR-324 até o terminal de Bom Despacho, é realizado em cerca de 3h30 (270km).
Quando ir
Itaparica é um destino para visitar o ano inteiro. De qualquer forma, vale saber que, entre os meses de abril e junho, há mais possibilidade de períodos de chuva, sendo o mês de maio considerado o mais chuvoso.
A alta temporada é o verão, entre os meses de dezembro a março. Se quiser bastante movimentação, essa é a época ideal. No entanto, caso busque mais tranquilidade, busque outros meses do ano.
O que fazer
- Igreja de São Lourenço
Foi construída em 1610, em estilo Barroco à base de cal, pedra e óleo de baleia. São Lourenço é tido como o guardião das chuvas e ventos e é Padroeiro da Ilha de Itaparica. Em 1638, do púlpito dessa igreja, o Padre Ferreira protestou contra a invasão da cidade pelos hereges da Holanda.
- Forte São Lourenço
Atual estação de desmagnetização da Marinha, localizada no extremo norte da ilha de Itaparica, o local era conhecido anteriormente como Ponta da Baleia. A área estratégica era para evitar o desembarque no único porto natural da ilha. A primeira construção data de 1647, durante a invasão holandesa, quando ocuparam a ilha e construíram um forte com quatro redutos. Quando se retiraram para o Recife, os holandeses arrasaram o forte. A construção atual data de 1711, sobre um aterro contido por muros de contenção de alvenaria de pedra, que pode ser acessado através de um túnel em rampa. O antigo quartel da guarnição e a prisão são cobertos por cofres de barris.
- Matriz Santíssimo Sacramento
Igreja Matriz, construída nos fins do Século XVIII, à base de cal, pedra e óleo de baleia, pelo Padre Manoel de Cerqueira Tôrres. No teto e paredes encontram-se famosos painéis, pintado por José Teófilo de Jesus, reproduzindo a ceia e os milagres do Senhor, sendo que no seu interior encontramos diversos objetos de arte. A igreja foi aberta ao público, ao culto dos fiéis, no dia 21 de outubro de 1794. A edificação é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
- Conjunto Arquitetônico
O conjunto arquitetônico, urbanístico e paisagístico de Itaparica foi tombado pelo Iphan em 1980, e inclui a Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento. A parte central da cidade, protegida pelo Instituto Histórico, localiza-se próxima ao mar, no norte da ilha, em trecho conhecido antigamente como Ponta das Baleias, que se desenvolveu em uma trama de ruas de desenho irregular, intercalada por praças. O conjunto, apesar das transformações ocorridas ao longo dos anos, conserva suas características originais. Outros pontos de destaque na paisagem são a Igreja de São Lourenço, de pequenas dimensões e o Forte de mesmo nome, à beira-mar, realçado por pequena praia com frondosos tamarindeiros.
- Igreja de Nossa Senhora da Piedade
A atual capela construída em estilo Neogótico foi erguida para comemorar o centenário da independência, substituindo a pequena capela erguida em 1854. Na época das batalhas pela independência em Itaparica, havia no local um nicho devotado à Padroeira dos baleeiros, datado do Séc. XVII, para o qual se voltavam todas as preces e a esperança daqueles pescadores humildes que foram protagonistas da luta pela nossa liberdade. Nossa Senhora da Piedade é a Padroeira de Itaparica. A atual igreja foi inaugurada em 07 de janeiro de 1923.
- Casa do Pedreira
A casa está localizada sobre um ressalto do cais nordeste da cidade de Itaparica, o que lhe permite dominar a baía e a extensa praia do Boulevard. Em 1877 o comendador César Navarro, adquire as ruínas do célebre alambique de João Ferreira e constrói, nesta época, a atual casa de vivenda. Uma residência neoclássica do final do século XIX. Seu interior, de pé direito muito alto, conserva os forros, assoalhos e pinturas ornamentais primitivas. O mobiliário existente foi reunido pelo Comendador Pedreira e inclui móveis do final do século XIX e início do século XX.
- Área de Preservação Ambiental Venceslau Monteiro
Conta a tradição, que no século passado, um comerciante local chamado Venceslau, após súbita cegueira, voltou a enxergar após lavar o rosto em um riacho. O local teria sido indicado em sonho por Nossa senhora do Amparo e, desde então, passou a ser considerado sagrado e virou objeto de peregrinações onde muitas curas prodigiosas aconteceram. A principal atração é a Fonte dos Milagres, uma nascente em meio a vestígios de Mata Atlântica. Uma trilha limpa e bem conservada leva até uma clareira, onde há uma capela de pedras, marcando o lugar onde viveu o eremita, quiosques e bancos de cimento. Seguindo a trilha além da fonte, subindo o morro, chega-se a Amoreiras.
- Terreiro Egungun Omó Ilê Agboulá
O Terreiro Egungun Omó Ilê Agboulá, mais conhecido como Ilê Agboulá, preserva uma tradição secular do culto aos ancestrais. Fundada pelos lendários irmãos Daniel de Paula esta casa é uma das poucas no Brasil a manter o culto aos Eguns, trazido da região hoje correspondente à Nigéria e Benin, na costa ocidental da África. Pelo seu mérito e relevância cultural logrou ser tombado pelo IPHAN.
- Capela da Nossa Senhora do Bom Despacho
Situada em localidade homônima, a capela dedicada à Nossa Senhora do Bom Despacho foi construída no final do século XVI, durante o episcopado de D. Antônio Barreiros (1576 a 1600). Esta devoção fora trazida de Trás-os-Montes pela família do Português Fernão de Souza.
Onde ficar
- SESC ITAPARICA
Situado na Av. Rui Barbosa, s/n – Centro
Contato: 3631-8300
- AMIGOS APARTAMENTO POR DO SOL
Situado na Av. Vinte Cinco de Outubro,90- Conj. Marina Village.
Contato: 71 98548-0492
- HOTEL ICARAÍ
Situado na Praça da Piedade- Centro.
Contato: 71 99982-7917
- POUSADA MUITO MAIS
Situado na Rua Antônio Calmom, 252 – Conj. Marina Village.
Contato: 71 98872-7709
- POUSADA NEL BLU
Situado na Av. Beira Mar, 23 – Ponta de Areia, Itaparica.
Contato: 71 3631- 4153.
- POUSADA CLARO DE LUAR
Situado na Av. Beira Mar, 200- Lot. Bosque Ponta de Areia.
Contato: 71 98863-8808.
Nathália Amorim
Nathália Amorim
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