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TEATRO

Vila Velha estreia montagem com LIBRAS e audiodescrição

A peça 'A mulher como campo de batalha' estreia, nesta terça (7), e é a segunda que faz parte do projeto Teatro Para Sentir do Coletiva Diveersa

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06/10/2014 às 20:13 • Atualizada em 27/08/2022 às 9:53 - há XX semanas
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Nesta terça-feira (7), estreia o espetáculo 'A mulher como campo de batalha', texto do romeno Matei Visniec, montado e dirigido por Marcio Meireles, que fica em cartaz até dia 16, no Teatro Vila Velha. Mais uma vez, o teatro sai na frente e inova durante o espetáculo.
Com apoio do Vila, o Coletivo Diveersa criou o Teatro Para Sentir, que vai deixar o espetáculo acessível para deficientes visuais e auditivos. Assim como aconteceu durante a apresentação da peça 'Relato de uma guerra que (não) acabou', do Bando de Teatro Olodum, no final do mês de setembro, 'A mulher como campo de batalha' vai contar com tradução em libras e audiodescrição nas três primeiras apresentações (de 7, 8 e 9 de outubro).A iniciativa partiu das amigas Giuliana Kauark, Aline Eliazage e Luisa Torreão, por observarem que, em Salvador, a cultura não é tão acessível como deveria ser. Prevista por lei, a acessibilidade à cultura prevê que deficientes visuais, auditivos, além de pessoas com outros tipos de deficiência tenham acesso aos produtos e patrimônios culturais.
Diretor de 'A mulher como campo de batalha' e coordenador do Vila, Márcio Meireles apoia o projeto que acontece no Vila
De acordo com Giuliana o coletivo nasceu, porque as amigas identificaram que a produção cultural da cidade, apesar de vasta, não é acessível. A ideia delas é criar um selo para produções locais, o Teatro Para Sentir.O projeto trabalha, principalmente, com deficientes visuais e auditivos. A experiência no vila é só o começo. “A ideia é fazer também um intercâmbio com o público de entidades que trabalham com pessoas com deficiência”, revela Giuliana. Para ela, realizar essa conversa com os institutos é necessário para informar ao público, carente desse tipo de trabalhos.A escolha pelo Vila se explica por este ser um teatro aberto às experiências, de acordo com a própria Giuliana. Marcio Meireles, diretor do espetáculo que recebe o projeto, diz que o teatro é um lugar sempre aberto a novas propostas, além de ser um espaço de inclusão. Segundo ele, sua intenção era incorporar o texto em LIBRAS na linguagem gestual da peça. “Não deu tempo, porque para incorporar esse gestual, o processo é demorado”, afirma o diretor, que já está pensando em fazer isso em espetáculos futuros no Vila.Mesmo tendo começado em um dos teatros mais importantes de Salvador, a intenção do coletivo é estender para outros espaços culturais e outras produções. A ideia do selo é, inclusive, marcar os espetáculos e deixar claro que estes são acessíveis.Além de 'A mulher como corpo de batalha', o espetáculo infantil 'Bonde dos ratinhos', dirigido por Zeca Abreu, também ganha acessibilidade durante as apresentações, que acontecem nos dias 11, 12, 18 e 19 de outubro, sábados, às 16h, e domingos, às 11h.Para Giuliana, as escolhas dos espetáculos caíram como uma luva. “Começar essa etapa do projeto em setembro foi muito bom pra gente. O mês tem três datas importantes para portadores de deficiência”, revela. O dias 19, 21 e 26 de setembro celebram, respectivamente, o Dia Nacional do Teatro Acessível, Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência e Dia Nacional dos Surdos.Ela ainda conta que a receptividade durante a primeira experiência foi muito positiva. Já para Márcio, essa é uma conquista da comunidade civil. “É uma conquista muito importante para quem tem essa necessidade, mas tem algumas limitações, que não permitem a fruição plena do espetáculo”, finaliza. * Com orientação e supervisão de Márcia Luz Leia Também: Espetáculo discute violência contra a mulher no palco do Teatro Vila Velha Márcio Meirelles estreia espetáculo do autor romeno Matéi Visniec

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