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TEATRO

No teatro pela primeira vez: Diarista vai a Sala Principal do TCA e leva suas filhas

Para comemorar o Dia Mundial do Teatro, o iBahia levou Patrícia Santos e suas filhas, para conhecerem o teatro e assistirem a um espetáculo. Confira

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27/03/2012 às 9:12 • Atualizada em 28/08/2022 às 7:11 - há XX semanas
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'A Lua vem da Ásia', interpretado por Chico Diaz, foi o primeiro espetáculo no TCA visto por Patrícia e suas filhas
O dia 24 de março foi um sábado diferente para a diarista Patrícia Santos, 33, e as duas filhas Lorena, 13, e Letícia, 15. Juntas, saíram de casa, no bairro de Fazenda Grande do Retiro, e entraram no ônibus rumo ao imponente Teatro Castro Alves, localizado no Campo Grande. Precisavam chegar às 20h30, para um compromisso inédito nas suas vidas: assistir a uma peça em cartaz na ampla e histórica Sala Principal do TCA, marcada para as 21h.A mais eufórica era Patrícia. Dias antes, assim que soube do convite feito pela equipe do iBahia para ir ao teatro pela primeira vez – fazendo parte das comemorações ao Dia Mundial do Teatro, celebrado nesta terça, dia 27 - , as primeiras reações foram, acessar a internet em busca de informações sobre a peça escolhida e pedir mais dois convites para as suas filhas. “Se eu viesse sem elas, era como se eu não estivesse aqui”, diz a diarista, enquanto aguardava o início da peça, no foyer do teatro. Veja também: visite o Canal de Teatro e confira a agenda de espetáculos em cartaz na cidade
Patrícia entrega o ingressos e entra no foyer do TCA pela primeira vez
Após o primeiro sinal, convidando a plateia para ocupar as suas poltronas, o bate-papo termina. É chegada a hora de entrar no teatro, local que, até aquele dia, não fazia parte da programação de fim de semana delas, mãe e filhas, que sempre saem juntas, para se divertir. “Elas gostam de pagode! Eu sempre levo elas pro show de A Bronka, Parangolé. Essa aí é louca por Léo Santana!”, aponta para a filha mais velha, Letícia. As três sorriem, parecendo, mais do que mãe e filhas, amigas, companheiras de diversão.Do imaginário para a realidade
Ir ao teatro sempre fez parte dos planos de Patrícia, mas nunca foi concretizado, por diversos motivos, entre eles, e o mais decisivo, segundo ela, o valor do ingresso. “O ingresso deveria ser mais barato, pra todo mundo poder ir, e eu ainda tenho que pagar para nós três”, queixa-se. Para não dizer que o teatro é uma arte totalmente desconhecida, Patrícia tem guardada na lembrança de infância a participação dela em uma peça promovida pela igreja do seu bairro, sobre o Rei Salomão. “Eu me lembro de poucas coisas, eu acho que nem fala eu tinha!”, brinca.
'O ingresso deveria ser mais barato, pra todo mundo poder ir, e eu ainda tenho que pagar para nós três', diz Patrícia
No imaginário de Letícia e Lorena, a sala principal do TCA é muito espaçosa, já para a mãe, é muito confortável e elegante. “Eu até pensei em ir no salão, para arrumar o cabelo, mas não deu tempo”, comenta Patrícia, revelando um pouco da ansiedade e preocupação vividas até aquele instante. Subiram a rampa e, logo a imaginação virou realidade, e o conforto e a grandiosidade do teatro puderam ser conferidos de perto, pelas três.
A Sala Principal ainda estava praticamente vazia, possibilitando ver com mais precisão o tamanho do lugar. Ao ver o palco e as poltronas vermelhas enfileiradas, a surpresa ficou estampada no rosto de Patrícia, que arregalou os olhos e deu um suspiro discreto. Suspiro que parecia traduzir o contentamento de estar ali, com suas filhas. Tímidas, procuraram as suas poltronas, com a ajuda da funcionária do teatro. Os convites eram para a fila Z1, como certificado por Lorena, ao olhar atenciosamente os ingressos. Aos poucos, as poltronas foram sendo ocupadas, e o silêncio aumentou ainda mais a expectativa da primeira vez.Os efeitos do primeiro espetáculo
A riqueza de detalhes da iluminação do espetáculo encantou Patrícia e as filhas
O impacto da primeira vez, já esperado, foi potencializado pela peça em cartaz: O monólogo “A Lua vem da Ásia”, encenado pelo renomado ator Chico Diaz. A peça é uma adaptação da obra homônima do autor mineiro Campos de Carvalho que tem a loucura como tema central, e já passou por Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro. O drama e o humor presentes no texto oscilaram durante 1h20 de espetáculo, e sentidos por Patrícia, Lorena e Letícia, que, nos momentos cômicos, deram algumas risadas. Os jogos de iluminação, e as imagens refletidas no palco, tornaram mais complexo e encantador o cenário simples e minimalista, e chamaram a atenção de Patrícia.“Como que coisas tão simples podem fazer aquilo tudo, né?”, comenta ao terminar o espetáculo.
'Como que coisas tão simples podem fazer aquilo tudo, né?'
Ao final do espetáculo, as estreantes aplaudiram de p
A peça encenada por um só ator foi um pouco cansativo, admitiu a diarista. “Talvez se tivessem mais pessoas no palco, ficasse mais animado”, sugeriu a mais nova expectadora de teatro. O texto longo, intenso e cheio de detalhes, também chamou a sua atenção: “Eu nunca seria uma atriz! Imagine ter que gravar aquilo tudo?!”, brinca.
O espetáculo acabou e com ele aquela noite, repleta de novidades e experimentações vividas por três soteropolitanas, que conheceram de perto o prazeroso ritual de ir ao teatro e viver, por alguns minutos, uma realidade paralela, de fantasia, que acaba quando as cortinas se fecham. Na porta do teatro, entraram em um táxi e voltaram para a casa com mais uma possibilidade de visão de mundo, sensibilizada pelas lentes encantadoras do teatro.
'Eu nunca seria uma atriz! Imagine ter que gravar aquilo tudo?! (risos)'

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