A pele desses animais faz deles bioindicadores de poluição e produtores de medicamentos
Foto: Tnarg 12345/ Wikimedia Commons
Diversas espécies de anfíbios estão em declínio em todo o mundo. Segundo a IUCN (União Internacional para Conservação da Natureza), 41% desses animais estão em extinção. Um novo estudo do governo dos EUA mostra que sapos, rãs e salamandras estão desaparecendo das lagoas e riachos em média cerca de 3,7%, ao ano, entre os tipos mais comuns; e 11,6% entre os que estão em extinção. Esta taxa pode parecer pequena, mas ao longo do tempo representa uma perda considerável, avaliaram os cientistas à Agência Reuters.
Desde 1989, biólogos avaliam que há uma crise internacional na preservação dos anfíbios. Em 2004, quase um terço das espécies do mundo estavam em declínio. O estudo foi feito pelo instituto de Pesquisa Geológica dos Estados Unidos (USGS) e detalha como, durante nove anos, várias populações de rãs norte-americanas, sapos e salamandras tiveram diminuição de seus grupos.
A situação é mais delicada para as espécies em extinção, com a taxa de redução anual de 11,6%. Em seis anos, os sapos, rãs e salamandras raras dos EUA podem desaparecer, inclusive aquelas que estão em áreas de proteção.
Padrões globais
"É bem possível que os anfíbios estejam recebendo o pior de uma série de padrões globais", declarou o professor da USGS, Mike Adams. "Nós estamos vendo como as alterações climáticas, doenças e espécies invasoras afetam os anfíbios", detalhou.
O estudo não determinou a causa da crise dos anfíbios, mas informações do Instituto USGS relaciona mudanças climáticas e consequentes irregularidades nas chuvas ao desaparecimento desses animais.
Além da importância para manutenção do equilíbrio dos ecossistemas em lagos e riachos, os anfíbios desempenham um papel vital na busca de novos medicamentos, o que influencia na economia de todo o mundo. Muitos deles possuem compostos químicos importantes para a produção e pesquisa de remédios.
O Save Frogs informa que esses pequenos animais também são importantes porque são bioindicadores capazes de apontar indícios de poluição e quaisquer alterações nas águas de seus habitats.
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