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Recordes de temperatura assustam cientistas climáticos

Junho foi o 14º mês consecutivo de altas; Kuwait registra 54º Celsius

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Redação iBahia

27/07/2016 às 8:31 • Atualizada em 27/08/2022 às 9:29 - há XX semanas
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As altas temperaturas do primeiro semestre do ano pegaram os cientistas de surpresa, apesar do consenso acadêmico de que os eventos climáticos extremos se tornarão cada vez mais frequentes e intensos. Junho foi o 14º mês seguido de recordes de temperatura na média global, segundo dados da Organização Meteorológica Mundial (OMM). Em anúncio nesta terça-feira, a agência das Nações Unidas informou ainda que irá examinar as causas da temperatura de 54 graus Celsius registrada no Kuwait na semana passada, novo recorde do Hemisfério oriental. — O que mais me preocupa é que não antecipamos estes saltos de temperatura — disse David Carlson, diretor do programa de pesquisas climáticas da OMM, em entrevista à Reuters. — Nós previmos aquecimento moderado para 2016, mas nada como as elevações de temperatura que estamos vendo. De acordo com o pesquisador, as altas temperaturas, principalmente no Hemisfério Norte, nos primeiros seis meses do ano, somadas ao degelo acelerado e antecipado das geleiras do Ártico e às elevações dos níveis de dióxido de carbono na atmosfera, apontam para uma aceleração nas mudanças climáticas. Veja Também Ficou irritado! Neymar não gosta de pergunta sobre comprometimento com Seleção Equipe de TV da Austrália diz que sofreu tentativa de assalto de travestis Sem glúten ou lactose: risoto com biomassa de banana verde Recordes de temperatura assustam até mesmo os cientistas climáticos Jornalista australiano chama a vila do Rio de 'Favela Olímpica' Hillary Clinton é primeira mulher a concorrer à Presidência dos EUA— Existe uma escalada da temperatura, mas eventos extremos como enchentes se tornaram o novo normal — disse Carlson. — As taxas de degelo registradas no primeiro semestre de 2016, por exemplo, nós normalmente não vemos até mais para o fim do ano.E as elevações nas temperaturas podem ameaçar pessoas, animais e ecossistemas.— Também é crítico o fato de as pessoas sobreviverem ao calor usando mais energia para o resfriamento, esgotando ainda mais os recursos do planeta — disse o pesquisador.Entretanto, Carlson alerta que as incertezas em torno dos eventos extremos podem ser usadas para negar as mudanças climáticas.— A questão está mudando de “o clima mudou?” para “em quanto?” — disse Carlson. — Estatisticamente nós precisamos nos tornar melhores em prever não apenas a frequência e intensidade desses eventos, mas quanto tempo eles vão durar.

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