Esta quinta-feira, 13 de novembro, marca o Dia Mundial pelos Atos de Gentileza ou World Kindness Movement, cujo objetivo é despertar a atenção das pessoas para a importância de atitudes gentis na construção de um mundo mais amável e justo. A data foi estabelecida durante uma conferência entre profissionais de diversos países, em 1996, em Tóquio (Japão).
Atitudes como desejar que as pessoas tenham um bom dia, oferecer água ou café, abrir a porta para alguém passar ou até mesmo pegar algum objeto caído no chão são demonstrações de gentileza. Estas, segundo especialistas, têm relação direta com a configuração do ambiente, a influência das relações familiares e a índole de cada indivíduo.
A comemoração é hoje, mas todo dia é dia de ceder lugar para o idoso, de dar a preferência para alguém no trânsito, de abrir a porta do elevador para um vizinho. Dia de, principalmente, refletir que gentileza não precisa de data certa para ocorrer. Pelo contrário. Está no cotidiano, nas coisas mais simples e faz bem a quem dá e a quem recebe.
Isso é o que defende a Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV), que no Brasil representa o Movimento Mundial pela Gentileza, criado no Japão em 1996, a partir de constatações científicas de que a gentileza faz bem também a quem é gentil. As pesquisas demonstram, por exemplo, que essas pessoas são mais saudáveis e longevas, além de terem relacionamentos melhores e mais duradouros. No trabalho, são mais produtivas e alcançam melhores cargos em suas funções, sucesso e felicidade, consequentemente.
Mas o que caracteriza uma pessoa gentil? Segundo Sâmia Simurro, mestre em psicologia e vice-presidente da ABQV, gentileza é um jeito de ser que demonstra uma genuína preocupação com o outro. “A única motivação para ser gentil é um desejo real de ajudar as pessoas e fazê-las se sentirem bem.” Para a monja Coen, da Comunidade Zen-Budista Zendobrasil, gentileza tem a ver com cuidado: “um cuidado com o outro que sou eu”. A ideia de que ser gentil é ser amável com o outro ganha aqui novos contornos. “É preciso ser gentil com você, e quando o somos com os outros também estamos sendo conosco.”
Profeta brasileiro
No Brasil, o símbolo das atitudes gentis foi José Datrino, mais conhecido como Profeta Gentileza, uma personalidade urbana carioca, espécie de pregador, que se tornou conhecido a partir de 1980 por fazer inscrições peculiares sob um viaduto situado na Avenida Brasil, na zona portuária do Rio de Janeiro, onde andava com uma túnica branca e longa barba.
Mas desde os anos 1970 Gentileza era visto em ruas, praças, nas barcas da travessia entre as cidades do Rio de Janeiro e Niterói, em trens e ônibus, fazendo sua pregação e levando palavras de amor, bondade e respeito pelo próximo e pela natureza a todos que cruzassem seu caminho. Aos que o chamavam de louco, ele respondia: "Sou maluco para te amar e louco para te salvar".
O profeta urbano, que morreu em 1996, afirmava que a "gentileza é o remédio para todos os males". Ele já se foi há quase 20 anos, mas sua mensagem continua viva e extremamente necessária em dias tão turbulentos e carentes de boas ações como esses que temos vivido.
Doe Sentimentos
Em menção a data, o projeto Doe Sentimentos pretende espalhar corações por todo o Brasil. O objetivo é incluir a gentileza na rotina das pessoas de maneira que se torne um hábito.
"Nossa ação acontece num semáforo propositalmente. Queremos abordar as pessoas com um sorriso no rosto, desejar-lhes um bom dia e mais: queremos que elas acreditem junto com a gente que o mundo pode ser diferente", explicam as idealizadores do projeto.
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