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Falta de incentivos dificulta mercado de carros elétricos no Brasil

Em um país onde circulam atualmente cerca de 50 milhões de veículos, menos de cem dessas unidades são carros elétricos, segundo dados da ABVE. Os donos de montadoras reclamam que o governo brasileiro deixa de incentivar a produção dos modelos sustentáveis. Durante à Rio+20, modelos como o Twizi (foto) transportaram as autoridades.

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11/07/2012 às 13:15 • Atualizada em 26/08/2022 às 18:51 - há XX semanas
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renault twizi
Supercompacto, Twizy transportou autoridades durante a Rio+20, mas Renault não tem planos de comercializá-lo no Brasil/Foto: Divulgação

Em um país onde circulam atualmente cerca de 50 milhões de veículos, menos de cem dessas unidades são carros elétricos, segundo dados da Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE). Os donos de montadoras reclamam que o governo brasileiro deixa de incentivar a produção dos modelos sustentáveis. Em maio de 2010, por exemplo, o anúncio de um plano de ação para alavancar tal indústria foi cancelado, sem explicação.

Já em setembro de 2011, o aumento de IPI para importados agravou mais a situação. "O governo deveria ter livrado os elétricos desse aumento", afirmou à revista Quatro Rodas Jayme Buarque de Hollanda, presidente do conselho diretor da ABVE. Segundo ele, a política protecionista não contribui para a fabricação de híbridos e elétricos no Brasil.

Quem engrossou a lista de reclamações foi Carlos Ghosn, presidente mundial da Renault-Nissan, para quem "sem incentivos, não há a menor chance de um carro elétrico ser produzido em fábricas brasileiras". O principal modelo da multinacional que ele comanda é o Leaf.

fluence
Fluence Z.E: sedã cuja versão com motor a combustão é vendida no Brasil/Foto: Divulgação

A Toyota confirmou a chegada do Prius até o fim de 2012, mas ponderou que, com o reajuste, os volumes serão revistos. A Mercedes-Benz anunciou que continuará vendendo o S-400 híbrido, ainda sem definição de preço, além de não ter planos para lançar outros modelos sustentáveis por aqui.

Elétrico para autoridade ver

Enquanto a produção dos elétricos no Brasil não é desenvolvida, as autoridades de todo o mundo que estiveram no Rio de Janeiro em junho para à Rio+20 (Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável) foram transportadas, justamente, por veículos elétricos.

Os dois carros são produzidos pela montadora Renault e vendidos na Europa. A empresa disponibilizou para os testes o Fluence Z.E, sedã cuja versão com motor a combustão é vendida no Brasil, e o supercompacto Twizy. A empresa ainda não tem planos imediatos de comercializá-los no país.

De acordo com reportagem do G1, a Renault explica que o Twizy, com apenas dois lugares, foi desenvolvido para o uso urbano. A bateria do motor elétrico tem autonomia de até 80 km. Na Europa, o carro é vendido a partir de 6.990 euros, o equivalente a R$ 17,8 mil - valor que inclui todos os impostos cobrados por lá. Na França, o Fluence elétrico sai a partir de 26,9 mil euros.

Um entrave que a montadora aponta é a falta de locais para "reabastecer" esse tipo de veículo. Em países como Portugal e Espanha já existe uma grande rede de pontos onde o motorista pode estacionar o carro e deixá-lo carregando, em plena rua.

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