Foto: Argonne National Laboratory |
Em termos gerais, a eficiência energética é a maior capacidade de um equipamento transformar a energia elétrica requerida para seu funcionamento em um produto final. Assim, uma lâmpada, que transforma a eletricidade em luz e calor, será mais eficiente na medida em que produzir mais luminosidade com a energia que consome.
Uma lâmpada incandescente comum, por exemplo, tem uma eficiência de 8% (ou seja, somente 8% da energia elétrica usada é transformada em luz e o restante aquece o ambiente). Já a eficiência de uma lâmpada fluorescente compacta, que produz a mesma iluminação, é de 32%, conforme dados do Instituto Nacional de Eficiência Energética (INEE).Além dos processos industriais de otimização energética dos produtos, a eficiência energética pode ser obtida por meio da eliminação do desperdício e da adesão ao consumo racional de energia. Em uma residência, por exemplo, pode-se aumentar a eficiência energética ao se adquirir aparelhos com selos que comprovem a eficiência e ao se adotar medidas simples, como garantir uma vedação completa da geladeira ou pintar a casa com cores claras (encontre mais dicas clicando aqui).ImportânciaEm uma época na qual o aquecimento global e as mudanças climáticas representam uma ameaça, a melhoria da eficiência energética é a solução mais econômica, eficaz e rápida para minimizar os impactos ambientais oriundos do consumo de energia e reduzir as emissões de dióxido de carbono na atmosfera.A melhoria da eficiência energética traz uma série de benefícios não somente ambientais, mas também econômicos e tecnológicos. Conheça-os:- Poupa recursos naturais;
- Diminui custos de produção;
- Possibilita a produção de bens cada vez mais baratos e competitivos;
- Reduz o consumo de energia e, consequentemente, a conta;
- Reduz a necessidade de se investir em infraestrutura e energia, pois é mais barato conservar do que gerar energia;
- Garante mais recursos para serem destinados a outros fins.
Os prédios construídos segundo padrões de eficiência energética custam, em média, de 5% a 7% a mais que os tradicionais. Contudo, segundo dados do Procel/Eletrobrás, a economia gerada pode ser de até 40%, "pagando" o investimento em apenas três anos.
Existem políticas públicas direcionadas ao uso racional da energia, como o Procel (Programa Nacional de Conservação de energia Elétrica) e a Lei de Eficiência Energética (número 10.295/01), mas o panorama brasileiro da eficiência energética ainda deixa a desejar.No ranking da ACEEE, o Brasil ocupou o último lugar, de 12 países avaliados, quando o assunto são as políticas governamentais (fiscalização, pesquisa e gastos públicos) para o setor. O autor de Opções, Luiz Augusto Nogueira, destacou que o tema tem pouca prioridade na agenda governamental brasileira e não têm sido realizadas ações significativas para formar uma cultura de uso racional de energia pela população.Algumas medidas, entretanto, já geram resultados concretos. É o caso do selo Procel, que classifica os eletrodomésticos conforme a eficiência energética em uma escala de A à E. O selo passa por revisões periódicas, implicando em uma constante busca da indústria por fabricar aparelhos mais eficientes. A partir de 2013, os produtos da atual Classe E terão a comercialização proibida.A utilização de aparelhos mais eficientes acarreta uma economia na conta de luz que pode ultrapassar R$ 600 por ano, se for considerada a quantidade de aparelhos em uma casa. Só com o ar-condicionado, a diferença chega a ser de R$ 120. O Procel foi criado em 1984, no intuito de promover a fabricação de produtos mais econômicos e de menor impacto ambiental. Desde então, somente os refrigeradores e condicionadores de ar mais eficientes já proporcionaram uma economia de pelo menos R$ 2,4 bilhões nas contas de energia da população, segundo cálculo do Inmetro.
Veja também:
Leia também:
AUTOR
AUTOR
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!
Acesse a comunidade