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Bolsa Verde ajuda a proteger ararinhas-azuis

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03/02/2016 às 12:31 • Atualizada em 01/09/2022 às 23:49 - há XX semanas
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Ararinhas-azuis voltam para a natureza em 2021
Foto: Divulgação/ACTP

A nona reunião do Comitê Gestor do Programa Bolsa Verde, realizada no final de janeiro no Ministério do Meio Ambiente (MMA), em Brasília, aprovou a criação de um Grupo de Trabalho (GT) para estudar a proposta de incluir no Programa famílias em condições de extrema pobreza e que moram em áreas habitadas por animais ameaçados de extinção.

“Entre as áreas que o MMA pretende ter famílias beneficiadas está de Curaçá, onde será feita a soltura de ararinhas-azuis”, revela a diretora do Departamento de Extrativismo do Ministério, Juliana Simões. Ela se refere ao município localizado na região norte da Bahia, local onde o MMA criará uma área de preservação.

Naquela parte da Caatinga, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) iniciará uma fase de testes a partir de 2017. O objetivo é preparar o terreno e educar ambientalmente a população local para a soltura de aves. Até 2021, um grupo de 150 ararinhas-azuis passará a viver ali em liberdade, numa área de preservação a ser criada.

O objetivo é aliar o aumento de renda dessas populações à conservação dos ecossistemas e ao uso sustentável dos recursos naturais

Curaçá, cidade ao norte da Bahia, é o local de origem das ararinhas-azuis e não tem mais exemplares soltos na natureza. A extinção se deu por conta de capturas ilegais, especialmente por causa do tráfico ilícito de animais silvestres. As aves a serem reintroduzidas em seu ambiente natural nasceram ou foram resgatadas de cativeiros.

Responsabilidade
A reintrodução dos animais no meio ambiente é iniciativa do Projeto Ararinha na Natureza, desenvolvido pelo ICMBio, órgão vinculado ao MMA, em parceria com a ONG alemã Associação para Conservação de Papagaios em Extinção (ACTP) e o Al Wabra Wildlife Preservation (AWWP), um criadouro particular localizado no deserto do Catar, entre outros parceiros.

“O objetivo de inserirmos essas famílias no Bolsa Verde é torná-las parceiras na proteção dos animais ameaçados de extinção. É bom lembrar que o Bolsa Verde significa benefício, mas, também, responsabilidade com o meio ambiente”, acentua Juliana Simões.
A portaria de criação do GT deverá ser publicada em fevereiro, com os detalhes sobre o seu funcionamento. O grupo será constituído por representantes dos Ministérios do Meio Ambiente (MMA), do Desenvolvimento Agrário (MDA), e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), além do ICMBio e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Como funciona
O Programa de Apoio à Conservação Ambiental Bolsa Verde foi lançado em setembro de 2011. O propósito é repassar, a cada trimestre, R$ 300 às famílias em situação de extrema pobreza e que vivem em áreas consideradas prioritárias para conservação ambiental.

O benefício é concedido por um período de dois anos, com possibilidade de renovação. O objetivo é aliar o aumento de renda dessas populações à conservação dos ecossistemas e ao uso sustentável dos recursos naturais.

(Por Cristina Ávila e Luciene de Assis, do MMA)

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