A varíola dos macacos foi declarada emergência de saúde global pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O anúncio foi feito neste sábado (23).
Mais de 16 mil casos foram relatados em 75 países, com cinco mortes até o momento, informou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
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No Brasil, segundo o boletim do Ministério da Saúde, há 607 casos confirmados da doença. O país está entre outros 10 com maiores números de casos.
De acordo com o g1, após o anúncio feito pela OMS, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga disse que vai se reunir com técnicos ainda neste sábado para debater o assunto.
"Decidi declarar uma emergência de saúde pública de alcance internacional", disse Tedros em entrevista coletiva. De acordo com o diretor-geral, o risco no mundo é relativamente moderado, com exceção da Europa, onde o risco é considerado maior.
Tedros ainda afirmou que, com as ferramentas disponíveis, é possível controlar o surto e parar a transmissão.
Não houve consenso entre os membros do comitê de emergência da OMS, mas, pela primeira vez, o diretor-geral tomou a decisão de emitir a declaração.
Fatores levados em conta
Tedros afirmou que levou em consideração cinco fatores para tomar a decisão, levando em conta o Regulamento Sanitário Internacional:
- as informações fornecidas pelos países – neste caso, o vírus se espalhou mais rapidamente que o previsto em alguns deles;
- os três critérios para declarar uma emergência de saúde pública de interesse internacional, que foram atendidos;
- o parecer do Comitê de Emergência, que não chegou a um consenso;
- princípios científicos, evidências e outras informações relevantes – que atualmente são insuficientes e deixam muitas incógnitas;
- o risco para a saúde humana, disseminação internacional e o potencial de interferência no tráfego internacional
Segundo Tedros, há um surto que se espalhou rapidamente pelo mundo, por meio de novos modos de transmissão, que ainda se sabe pouco e que atendem aos critérios do Regulamento Sanitário Internacional.
Recomendações
O diretor-geral da OMS também fez um conjunto de recomendações para os países:
- implementar uma resposta coordenada para interromper a transmissão e proteger grupos vulneráveis;
- engajar e proteger as comunidades afetadas;intensificar as medidas de vigilância e saúde pública;
- fortalecer a gestão clínica e a prevenção e controle de infecções em hospitais e clínicas;
- acelerar a pesquisa sobre o uso de vacinas, terapêuticas e outras ferramentas;
- atenção às viagens internacionais.
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Redação iBahia
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