Perde peso é o desejo de muitas pessoas, mas nem sempre é uma tarefa fácil. De acordo com dados da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), promovida pelo Ministério da Saúde, pouco mais da metade dos habitantes do país apresentam sobrepeso — especificamente 55,7% ou uma a cada cinco pessoas.
Entre os que tentam sair desta estatística e enfrentam dificuldades no processo de emagrecimento, uma frase é comum: “meu metabolismo é lento”. Apesar de avaliações das taxas metabólicas serem importantes em casos com esse objetivo, a velocidade de funcionamento do organismo não é um o único “vilão” da equação.
“Você não precisa ter um metabolismo lento para ter dificuldade em emagrecer. Esse cenário é uma regra e não uma exceção, em especial quando são analisadas as características dos pacientes brasileiros. É um processo que é difícil sempre, pois a tendência do corpo é querer se manter no peso em que está, não é espontâneo”, argumenta o Dr. Lucas Costa Felicíssimo, médico da Medicina Integrativa.
O processo de perda de peso se dá por um conjunto de fatores que, somados, alinharão a busca por um corpo mais magro com ganhos na saúde. Alimentação balanceada, em quantidades suficientes, e rotina regular de exercícios são aspectos que devem ter relevância maior no processo. O emagrecimento só ocorre em situação de déficit calórico — quando é gasta mais energia que a consumida.
“É comum que as pessoas tentem procurar problemas específicos para a dificuldade. O mesmo ocorre com a tireoide. Ainda que fora de controle, o ganho de peso que essa disfunção pode trazer não é suficiente para levar pessoas à obesidade. Indiretamente, sintomas como sensação de estar cansado e o sedentarismo consequente, assim como uma alimentação desregrada, são os catalizadores desse quadro”, exemplifica o Dr. Lucas Costa Felicíssimo.
As dificuldades com relação ao metabolismo, porém, não são uma mentira. A associação entre peso e metabolismo se dá pelo processo de gastos de calorias do corpo e um dos grandes responsáveis por isto é o metabolismo basal – taxa que corresponde ao quanto o organismo queima em repouso. “Esse índice diz quanto de energia é preciso para manter as funções vitais, tais quais batimento cardíaco, a respiração e o sono. Essa é a maior parte da energia consumida diariamente, variando entre 60 a 70% do gasto calórico total. Quando essa taxa está mais baixa, o corpo utiliza menos energias para essas funções, o que faz com que pessoa tenha problemas mesmo seguindo a dieta”, aponta.
Afinal, é possível acelerar o metabolismo?
Sim! Segundo o Dr. Lucas Costa Felicíssimo, as taxas não são permanentes, mas um mecanismo flexível. O metabolismo reage às condições de vida do indivíduo como a prática de exercícios e em especial a alimentação: comer de forma balanceada, aumentar a ingestão de fibras e termogênicos, além de ter um bom repouso são essenciais ao processo.
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