Há quem ouse a afirmar que o forró é sazonal. No entanto, para quem vive o gênero para além dos dois dias de São João, a força do forró vai além do feriado e é celebrada com força ao redor do mundo.
Um dos principais nomes do gênero, o cantor Targino Gondim, nascido em Salgueiro, cidade de Pernambuco, e reconhecido como cidadão baiano desde 2009, afirma que o gênero segue em crescimento.
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Para o sanfoneiro, a cultura vive um momento promissor e com isso, o forró, que em 2021 recebeu o título de Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, só tem a ganhar. "Nós temos um cenário bastante promissor na frente da cultura, e eu espero que a gente possa desfrutar desses momentos, consiga cada vez mais alavancar mostrar que o forró da gente não tem que ser chamado de antigo de ultrapassado", pontuou o artista.
Em entrevista ao iBahia, o artista, vencedor de um Grammy Latino, reforçou a importância do ritmo e a colaboração que o forró deu para a cultura e música brasileira. "O forró da gente é a grande base da música brasileira que é aquilo que não e a minha música, a música do Luiz Gonzaga. Dominguinhos, não morre nunca. Todo mundo vai cantar."
A prova de que o forró não é sazonal fica por conta do sucesso do gênero ao longo dos anos e da força que ele tem para movimentar festivais, como o Festival Internacional da Sanfona em Juazeiro, o Festival do Forró em Itacaré.
Segundo Gondim, são nestes espaços que o público pode ver o surgimento de novos artistas na cena e conseguem perceber que a cultura vem sendo passada de geração para geração. "Todos eles a gente tem sempre vê o surgimento de atrações, encontra jovens, crianças, que vão para aprender a tocar sanfona, gente que pede para dar canja nos eventos. Tudo isso faz com que a gente tenha a certeza de que é que isso vai continuar acontecendo, porque é música que faz parte do coração da gente."
O músico ainda reforçou o contato da nova geração com os principais nomes do forró, como Luiz Gonzaga, e como vem sendo criado o interesse do público nos artistas que deram origem ao movimento.
"A gente consegue ver os mais novos escutando uma canção que o Luiz Gonzaga gravou há mais de 40, 50 anos atrás e que ainda continua tão atual como antes. Então, é ouvindo uma música dessa que faz com seu coração sabe você realmente se sente vivo e isso que vai acontecer sempre."
Bianca Andrade
Bianca Andrade
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