O terceiro convidado do Estúdio iBahia Junino 2024 é a banda Cangaia de Jegue. O grupo baiano, que surgiu em Jequié, tem Júnior Bomfim no vocal principal e com ele a essência do tradicional forró universitário. Em um bate-papo musical com Mayra Lopes, o artista falou sobre sucessos como 'Aí, se eu te pego' e, claro, sobre a interação diferenciada que tem com os fãs durante os shows.
Júnior tem uma energia singular e, por isso, é conhecido pela irreverência. Para ele, cada show é uma experiência única e merece ser contemplada igualmente. Ao ser questionado sobre esses momentos, ele explicou que não consegue ser diferente ou 'normal' como outros artistas.
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"Eu desço, eu saio puxando o pessoal pra dançar, convido pra cima do palco pra dançar comigo, na hora da quadrilha eu gosto de descer e brincar com o pessoal...eu quero estar perto", disse ele animado completando que tudo que faz é para deixar o momento ainda mais leve e animado.
Poucos sabem, mas apesar de ter pouco tempo de estrada musical, a Cangaia de Jegue é responsável por muitos hits. Um deles é 'Aí, se eu te pego'. A música foi vista por Michel Teló e foi parar fora do Brasil, sendo replicada em mais de 12 idiomas diferentes. Sobre o assunto, Júnior deu detalhes de como tudo começou e como isso impactou no grupo.
"Foi uma música que nasceu aqui na Bahia. Primeiro em Feira de Santana, depois com a gente e foi pro mundo. Michel Teló gravou, um bocado de artista gravou e foi a música que mais marcou a história da Cangaia."
Outros sucessos e inspirações do Cangaia de Jegue
Além do 'Aí se eu te pego', outras canções marcaram a trajetória do grupo. Entre elas, estão "Red Label ou Ice", "Bolo Doido", "Jeito Carinhoso" e "Sexta-feira sua linda".
A fórmula desse sucesso, Júnior não revelou, mas explicou que se inspira muito em grandes nomes do forró como Flávio José, Dorgival Dantas, Adelmário Coelho, Cacau com Leite e Zelito Mirada. Sobre o 'Rei do Forró Temperado', Júnior disse que lembra até hoje do momento em que o escutou pela primeira vez e fica grato ao artista diante do legado que ele e outras gerações poderão desfrutar.
"Zelito é um cara fantástico que eu tive a honra de conhecer. Ele lutava pelo forró, forró da Bahia, pelo forró tradicional. Com certeza inspira, não só a Cangaia, mas também outros artistas, porque a obra dele é eterna", finalizou.
Gil Carvalho e Carlei Daltro foram convidados do Estúdio iBahia Junino
Durante o 3º episódio do Estúdio iBahia Junino, Gil Carvalho e Carlei Daltro abrilhantaram trazendo o melhor do forró a dois. O casal tem uma escola de dança em Camaçari, cidade da Região Metropolitana de Salvador, e compartilharam parte da história de vida deles, que começou no Centro Histórico.
"Eu era garçom no Pelourinho e ela frequentava lá. A gente se reencontrou na dança anos depois. Ela já dançava, eu comecei a dançar em uma escola, fui pra outra e acabei levando ela junto. Ela era casada, se separou e depois rolou um clima num período de São João, que se estendeu até hoje. A gente vai fazer 20 anos juntos", disse Carlei.
Dançando juntos e tocando o Studio Dança Gil e Carlei, a dupla ressaltou que o São João é uma festa que está marcada na história deles, assim como o forró.
"O forró tá no dia a dia, o forró tá nas aulas, já virou rotina, de fato. A galera, graças a Deus, procura muito pelo forró o ano todo, embora nós sejamos amantes da salsa", brincou Gil.
Apesar de amarem outro ritmo musical, criar coreografias e ensinar o forró para os mais jovens é um presente. Gil e Carlei estão com a agenda de apresentações e ensaios lotada. Para eles, é mais que especial viver da dança.
"A gente vive da nossa arte, que é dançar, e isso uniu a gente nos dois caminhos, tanto no amor quanto na dança."
Mayra Lopes
Mayra Lopes
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