Wagner defende subsecretário que atirou contra Sem-Terras

Em uma entrevista a uma rádio local nesta quarta-feira (11), o governador Jaques Wagner defendeu a postura do subsecretário da Secretaria de Segurança Pública que teria atirado contra manifestantes do Movimento Sem Terra ontem, no Centro Administrativo da Bahia (CAB). Ele afirmou que está apurando o ocorrido, mas afirma que houve exagero por parte dos integrantes do protesto ao invadir o prédio. "Então o pessoal entra de foice, de facão, invadindo a sede da Segurança Pública", declara, afirmando que não houve "motivo nenhum para que as pessoas tivessem tentado fazer um ato daquela natureza."

Ato de subsecretário foi "para impedir que algo muito pior acontecesse", avalia governador

O governador diz ainda que o tiro do subsecretário Ary Pereira foi disparado para o alto e para intimidar os manifestantes e evitar a ocupação da sede da SSP. "Daqui a pouco um integrante do movimento ia estar sentado, só me faltava essa, na cadeira do secretário", declara Wagner. Em sua avaliação, ele disse que o incidente “pode ter sido um ato limite do subsecretário, mas foi um ato para impedir que algo muito pior acontecesse". Veja também Subsecretário de Segurança atira em porta para impedir invasão do MST no CAB Integrantes do MST desocupam dependências externas da SSP no CAB Integrantes do MST tentam invadir prédio da SSP-BA, no CAB"Tivemos que apelar para o uso de arma de fogo", diz secretário de Segurança sobre ação contra Sem-Terras Durante a entrevista, o governador também destacou sua relação com o MST: "Eu vim do movimento, eu respeito o movimento, recebi o movimento Passe Livre aqui, recebi todos para dialogar, para ouvir. Eu tenho amigos dentro no MST", afirma. Segundo ele, contudo, não é possível aceitar que as mobilizações sociais sejam "exageradas". "As pessoas não podem confundir a democracia com baderna", conclui. Matéria original: Correio 24h Governador defende subsecretário que atirou para evitar ocupação da SSP