Duas semanas depois do show Baile Pé de Maravilha, realizado pelo cantor Saulo e que encantou crianças e adultos na quinta-feira de Carnaval, na Arena Fonte Nova, os 850 quilos de alimentos não perecíveis, trocados por ingressos, foram destinados a três instituições beneficentes de Salvador, na quarta-feira (17). A iniciativa é resultado de parceria das Voluntárias Sociais da Bahia (VSBA) com a produtora Rua 15. Segundo a coordenadora do serviço social das VSBA, Tânia Nogueira, a ideia partiu de Saulo e foi prontamente apoiada pela primeira-dama do Estado e presidente das VSBA, Aline Peixoto. “A intenção é contribuir com instituições filantrópicas que precisam realmente de apoio”, explica. Uma das instituições contempladas é o Abrigo Dom Pedro II, localizado no bairro de Boa Viagem, onde vivem 70 idosos. Para a gerente do abrigo, Valéria Carvalho, todas as doações são bem vindas e, além de alimentos, as pessoas interessadas podem doar fraldas geriátricas. “Acho muito bonita esta iniciativa dos artistas de colaborar. Quem quiser contribuir de outras formas pode ligar para o abrigo, no telefone (71) 3313-5529. Também podem vir visitar, diariamente, das 14h às 16h”. Uma das moradoras do abrigo é a soteropolitana Lúcia Peçanha, 73 anos. Ela garante que é bem tratada pelos colaboradores e, com uma disposição de fazer inveja a muitos jovens, a idosa afirmou que quer viver no local até morrer, mas só depois de completar 100 anos. “Estou aqui há um ano. Pra mim, é um paraíso. A gente se diverte. As assistentes sociais são pessoas legais para a gente. Tudo que eu peço, elas fazem. Depois que vim pra cá, aprendi muita coisa como artesanato, a jogar bingo e brincar”. Na hora certa Os 152 idosos da Casa de Repouso Bom Jesus, na comunidade conhecida como Tubarão, no bairro de Paripe, no Subúrbio Ferroviário de Salvador, também receberam parte dos alimentos arrecadados. Segundo o gestor da casa, Luis Santana, os alimentos doados serão importantes para a qualidade da prestação dos serviços. “Para se ter uma ideia, gastamos 18 quilos de arroz por dia. São 540 quilos por mês. Ou seja, são mais de meia tonelada de arroz, sem falar em feijão e outros alimentos”. A chegada de itens como arroz, feijão, macarrão, flocos de milho e leite em pó encheu de lágrimas os olhos de Conceição Macêdo, fundadora do Instituto Beneficente Conceição Macêdo, localizada em Nazaré, onde são atendidas 180 pessoas, entre crianças soropositivas e familiares. “Fico muito agradecida a dona Aline e toda a sua equipe que lembrou da gente. Hoje, a cozinheira me disse: ‘tia, hoje não tem arroz, não tem feijão, não tem mais nada’. Fiquei com a mão no juízo, sem saber o que fazer. De repente, Deus manda esta quantidade de alimento. Estou muito emocionada, muito feliz. Não consigo nem falar de tanta alegria e felicidade. Costumo dizer que não posso oferecer a cura da doença [Aids], mas posso amenizar o sofrimento deles [das pessoas atendidas]”, disse Conceição.
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