Uma vítima do suspeito de extorquir homens através de um aplicativo de relacionamento deu detalhes sobre como Caíque Castro dos Santos agia ao aplicar o golpe fingindo ser garoto de programa em Salvador.
Segundo informações do g1, o homem, que preferiu não revelar sua identidade, continue que nas conversas com Caíque, o suspeito informou que trabalhava e que isso fez com que ele sentisse confiança para contar que morava sozinho. A vítima o levou para sua casa e, ao fim do encontro, Caíque perguntou qual seria a forma de pagamento e começou a ameaça-lo.
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"Ele perguntou se eu ia pagar com pix ou dinheiro e eu falei que durante as mensagens a gente não tinha combinado nenhum tipo de valor. Eu achava que o encontro era casual e que eu não sabia que ele era garoto de programa", relatou.
O suspeito então solicitou que a vítima abrisse o aplicativo de mensagens e, ao fazer isso, a vítima constatou que ele havia alterado a descrição, colocando a informação de que era garoto de programa e cobrava pelos encontros. Além de ser ameaçada, a vítima teve o celular roubado e relatou que foi mantido em cárcere privado.
"Ele disse que se eu não fizesse o pagamento ele iria mandar os comparsas vir à minha casa e que 'o bicho ia pegar pra mim'. Ele falou que eu não sairia vivo daquele ambiente. Eu fiquei nervoso, pedi o dinheiro emprestado e fiz o pagamento", afirmou o homem.
Caíque Castro exigiu ainda um segundo pagamento dizendo que a vítima teria demorado para dar o dinheiro. A vítima conta que, como não tinha o valor, teve o celular levado. Só então, o suspeito foi embora da residência da vítima.
"Eu fiquei em casa assustado com medo de sair, achando que ele ia retornar porque ele deixou o número de celular dele alegando que quando eu conseguisse o valor, ele voltaria para devolver meu celular. Quando entrei em contato o número só dava caixa postal", disse a vítima.
Ele pontuou ainda que se sente aliviado com a prisão de Caíque, na última terça-feira (5), e que espera que outras pessoas lesadas pelo suspeito denunciem o caso na Polícia Civil.
- Como funcionava o golpe
- O suspeito conhecia homens por meio de um aplicativo de relacionamentos;
- Ao encontrá-los, passava a extorquir a vítima, alegando ser garoto de programa;
Em outros casos, o suspeito ameaçava voltar na casa das vítimas e agredi-las, caso não fossem feitas transferências bancárias.
Caíque Castro também já havia sido preso, em 2022, por desacatar guardar civis municipais. Ele também é investigado por supostamente ter se apoderado de um carro emprestado por um amigo.
Redação iBahia
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