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Veja antes: visitamos a Casa Cor e conferimos as novidades

O evento abre ao público sexta-feira, no Solar das Rosas; veja, em primeira mão, o que vai ter por lá

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29/10/2015 às 16:49 • Atualizada em 27/08/2022 às 18:29 - há XX semanas
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Sexta-feira abre ao público a 21ª Casa Cor Bahia. Essa edição vem com 22 ambientes, assinados por 32 arquitetos, no Solar das Rosas. O casarão fica no Campo Grande e abriga a sede das Voluntárias Sociais da Bahia.

Lustre de cristal do ambiente do arquiteto David Bastos, a sala de visitas (Fotos: Angeluci Figueiredo)

Por ser um imóvel histórico do século 20, em vias de tombamento pelo Instituto do Patrimônio Artístico Cultural da Bahia (IPAC), não é possível mexer na estrutura, como por exemplo derrubar uma parede. A limitação não parece assustar os arquitetos participantes. “Eu não me senti limitada. Me senti agraciada por poder trabalhar com um palácio que tem madeiras e vitrais originais”, diz a arquiteta Ana Paula Magalhães, que assina a sala de visitas e o masterplan do evento.

A cobertura do terraço gourmet, assinado pela dupla de estreantes Aiac Caldas e Gabriel Moreno: 7 toneladas de metal e contraste com as paredes centenárias da casa

HISTÓRIA
De acordo com a subcoordenadora de Restauro do Ipac, Káthia Berbert, o Solar das Rosas foi inaugurado em 1920. Trinta e quatro anos depois, o Estado da Bahia comprou a mansão, que passou a abrigar o Tribunal de Contas da Bahia. Em 1983 com a mudança do Tribunal para o CAB, o casarão ficou na eminência de ser demolido. A ideia era criar um estacionamento público. No mesmo ano, um grupo de estudantes de restauro da Faculdade de Arquitetura da Ufba, impediu a demolição.

Detalhe da sala de almoço, do escritório CMR Arquitetura

Por conta disso, o órgão acompanha de perto a montagem do evento. “Atendemos tudo que foi pedido, como manter o piso original e evitar furar paredes” aponta Salomão Pereira, produtor estrutural, que está em sua terceira Casa Cor. Para ele, esse é um dos desafios desta edição. “Reorganizar é a dificuldade, pois quando você parte do zero, você cria o que quer. Aqui nós estamos tendo que reorganizar”, afirma Salomão.

Detalhe da escada: há rosas esculpidas por toda a casa

SELEÇÃO NATURAL
Luisinha Brandão, uma das sócias do evento na Bahia, acha que esta edição será especial. “Nunca fiz uma Casa Cor com 22 ambientes e quase 100%, de profissionais tops. Só tem fera aqui”. De fato, o número é cerca de 60% menor que em 2013, quando a mostra aconteceu no estacionamento do Shopping Iguatemi: 36 ambientes.

O grafite de Fael Primeiro contrasta com o piso de mosaico de madeiras original de 1920, no ambiente Saleta, do arquiteto José Marcelino

Ela destaca o legado que a Casa Cor deixará no Solar “A ideia é agregar o máximo possível ao imóvel, que entrará em processo de tombamento. Estamos fazendo, junto com o Ipac, uma grande restauração”. O evento ficará aberto de sexta até o dia 8 de dezembro e o ingresso custa R$ 150.

*Integrante da 9ª turma do Programa Correio de Futuro
Correio24horas

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