
“Era escoteiro do Clube do Flamengo e pertencia a uma patrulha na qual todos tinham nomes de peixes. E eu era o peixe Carybé. Achei o nome sonoro e curto, e adotei-o. E não diga nada a ninguém, mas o Carybé é uma piranha...”. No registro, a piranha feroz se chamava Hector Julio Páride Bernabó, e era pintor, gravador, desenhista, ilustrador, mosaicista, ceramista e entalhador. Independentemente da técnica, deixava tudo cheio de movimento e vida. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
A gente aqui tem é sorte que o melhor amigo de Jorge Amado, camarada de Pierre Verger e Caymmi, conheceu a Bahia aos 27, e 12 anos depois realizou o desejo de fixar residência em Salvador, onde morou até morrer, aos 86 anos. Nesse tempo, espalhou beleza em madeira, concreto, pintura e mosaico pela cidade inteira, retratando histórias da Bahia. Deve ser por isso que elas se incorporaram de forma tão orgânica a Salvador.

Sempre admiramos Carybé, mas foi depois de visitar o Espaço Carybé das Artes, no Porto da Barra (que já entrou no blog, veja aqui), e lembrar da famosa Rota Carybé que decidimos criar o nosso próprio itinerário do artista em Salvador. No caminho, aprendemos que essa caça ao tesouro não se esgota, vai ter sempre um Carybé novo para surpreender na cidade.
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Primeiro, procuramos as obras no Centro Histórico. Coisa fina, coisa linda. Aproveite o fim de semana pra sair de casa e ver tudo ao vivo:
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Imagina chegar em casa e encontrar um Carybé no lobby do prédio? Sabia que tem uma lei municipal (4.489) que estabelece a obrigatoriedade de obras de arte em edificações de Salvador? Ela foi regulamentada em 2003, mas na prática nunca funcionou. Só muito antes, entre os anos 40 e 60, quando era moda entre as elites da Barra, Graça, Vitória, Campo Grande e Canela ter uma obra de arte nos prédios, essa ideia era levada a sério. Pena que com o passar do tempo a moda acabou e a gente ficou carente. A gente fez a nossa parte e procurou os Carybés espalhados pelos prédios. ⠀
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Antigamente, o Comércio era uma região ainda mais viva. Grandes empresas, bancos, centros comerciais. E Carybé foi convidado para encher esses locais de arte, beleza e vida.




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Segundo Gabriel Bernabó, neto de Carybé, a região do Campo Grande é o local com maior concentração e obras do artista. E não é que a nossa investigação por lá foi bem produtiva?





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A parte mais nova da cidade, hoje o coração financeiro, que fica entre o Caminho das Árvores e a Pituba, também tem obras do artista.



Nós também torcemos para que a arte esteja em toda parte, espalhada, onde o povo está. Daí fomos procurar as obras de Carybé que estão mais afastadas do miolo do centro histórico e financeiro da cidade. E até que deu um caldo, viu?⠀⠀⠀⠀⠀
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Aproveitamos para agradecer ao Instituto Carybé por todo suporte e aos seguidores do @seessarua_fosseminha no instagram por colarem com a gente, não esperávamos tamanha contribuição e empolgação. Foi massa =] E se encontrarem mais de Carybé nas andanças de vocês pela cidade, nos enviem fotos por email!⠀
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Redação iBahia
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