Um boneco preto deixado enforcado no trote da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia (Ufba) gerou controvérsia entre os estudantes, que foram às redes sociais denunciar racismo na ação. O boneco deveria representar um calouro. Por conta da manifestação, houve uma reunião nesta terça na Ufba para discutir o assunto, reunindo alunos e funcionários da unidade. "Este é o personagem que recepciona os calouros na Faculdade de Arquitetura/UFBA: um boneco, representando um calouro, com os nomes dos calouros escritos nele, enforcado, coincidentemente negro. Até quando as pessoas acharão este tipo de "brincadeira" válida?", quis saber uma aluna que postou no grupo da Ufba em uma rede social. Outros alunos discordaram. "A própria aluna falou que esse boneco já foi feito antes em todos os anos com outro tipo de material tipo fita crepe BRANCA. Só porque fez com pano preto se caracteriza apenas agora como racismo? Me poupe", postou um jovem.
O Diretório de Estudantes de Arquitetura (DEA) informou que uma comissão foi formada somente para realizar o trote, de maneira independente do diretório. Ainda nas férias, foi decidido fazer um "boneco calouro" e o aluno responsável afirmou que não teve intenção racista ao escolher o material, dizendo que este foi feito "com o tecido que sua mãe tinha disponível em casa". O DEA disse que não apoia manifestações racistas nem trotes violentos. "Em nome do corpo discente da Faufba, pedimos desculpas a todos que se sentiram ofendidos". A Ufba, através de assessoria, disse que a reunião de hoje foi para conversar sobre o ocorrido, mas que os alunos responsáveis não tiveram intenção de tocar em questões raciais de nenhuma maneira. Houve um entendimento entre todos os presentes e o boneco já foi retirado da faculdade. Não deve haver novas sanções.
O boneco deveria representar um calouro da faculdade |
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