Nos anos 90, o Monza, da Chevrolet, era considerado um dos melhores e mais potentes veículos da época, tendo entre os seus variados modelos, a potência máxima de 190 km/h. Porém, a Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador), em pleno ano de 2015, conseguiu achar um exemplar que supera os limites e atinge quase 400 km/h.
A descoberta foi feita exatamente no dia 25 de agosto, quando um dos radares do órgão, instalado na avenida Luís Viana, conhecida como Paralela, flagrou o veículo cometendo a "gravíssima" infração de "transitar em velocidade superior à máxima permitida em mais de 50%", como diz na multa aplicada ao veículo, ano 1996, do motorista Regivalter Alves de Brito.
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Na autuação, emitida para o endereço de correspondência do condutor, consta que o Monza 96, foi flagrado, acredite, a uma velocidade de 368km/h, em frente à concessionária Mercedez Benz, no sentido Aeroporto da via, em pleno amanhecer, às 6h55. Na multa ainda são registradas as consequências de 7 pontos na carteira e pagamento de R$ 574,61. O absurdo chamou a atenção da Associação Baiana de Proteção aos Proprietários e Condutores de Veículo Automotor (ABCV), que protocolou nesta terça-feira (20), um requerimento junto ao Ministério Público da Bahia (MP/BA) pedindo abertura de um inquérito civil para apurar possíveis irregularidades na aplicação de multas por meio de radares em Salvador. Para o presidente da associação, Clezer Costa, "está mais do que comprovado que os radares instalados em Salvador não demonstram confiabilidade", o que motivou pedir ao MP que investigasse o contrato e a procedência da empresa responsável pela instalação e manutenção dos equipamentos de fiscalização. "Não tem como esse veículo transitar a esta velocidade na avenida Paralela às 06h55 da manha", declara.
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No requerimento, que a reportagem do Bahia Prime teve acesso, é descrito que a ação é motivada também pela grande quantidade de reclamações realizadas por condutores perante a associação e ressalta que a finalidade da legislação de trânsito é a educação e não as notificações como forma de punição. A reportagem entrou em contato com o superintendente da Transalvador, Fabrizzio Muller, mas as ligações não foram atendidas até o fechamento desta matéria.