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SALVADOR

Tragédia e sofrimento: saiba os detalhes do acidente que matou nove operários

Os nove operários serão enterrados nesta quarta-feira (10)

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09/08/2011 às 19:00 • Atualizada em 27/08/2022 às 11:51 - há XX semanas
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Wellington foi um dos primeiro a chegar no local do acidente
Quando Wellington dos Santos chegou na obra do Empresarial Paulo VI, ele já sabia que seu pai tinha sido uma das vítimas da tragédia que matou nove operários na manhã desta terça-feira (9). Wellington foi o primeiro parente do carpinteiro Martinho dos Santos, a chegar no local e a reconhecer as vítimas. Desesperado, ele abraçou o corpo de seu pai ainda do fosso do elevador, e teve que ser amparado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Washington dos Santos, outro filho de Martinho, que também acompanhava o resgate lamentou. "Eu só queria sair daqui com o meu pai, só isso". Ele que também trabalhava na obra disse que os operários já haviam alertado sobre os problemas que o elevador vinha apresentando, e que o acidente teria acontecido por imprudência da construtora. "Tinha vezes que subiam 12, 15 pessoas, sendo que o elevador só tem capacidade para oito", disse. Segundo testemunhas que trabalhavam na obra mas que não quiseram se identificar, os botões do elevador também não estavam obedecendo os comandos de parar, subir e descer, e pouco antes do acidente acontecer, três operários tiveram que sair do elevador depois de terem visto faíscas saírem do cabo de aço que o sustenta. Representantes do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção e da Madeira no Estado da Bahia (Sintracom-BA), foram até o local do acidente prestar solidariedade aos parentes das vitimas e apoiá-los. "O cabo de aço do elevador teria que ter ainda, duas voltas de segurança, mas não existia nenhuma. Esse tipo de elevador deve transportar no máximo seis pessoas, e estava com 9. Ou seja, 50% a mais do que o permitido", disse o diretor da Sintracom, José Souza Lima. No entanto, Jussara Souza, delegada titular da 16ª CP (Pituba), explicou que a balança tinha capacidade para 12 pessoas. "A perícia vai verificar se houve negligencia ou imprudência. Caso caso seja confirmada a responsabilidade da empresa, eles vão ser intimados a depor", disse. Na tarde desta terça-feira, trabalhadores foram à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), na Avenida Sete de Setembro para protestar contra o descaso e a falta de investimentos em segurança pelas empresas. EnterroOs nove operários serão enterrados nesta quarta-feira (10). Segundo informações do Sintracom, na capital serão enterrados Antônio Elias da Silva, carpinteiro, e Lourival Ferreira, armador, no Cemitério Bosque da Paz, às 11 horas; Hélio Sampaio, pedreiro, no Cemitério Campo Santo, às 15 horas e José Roque dos Santos, pedreiro, também no Cemitério Bosque da Paz com horário a confirmar. Já no interior da Bahia, serão enterrados Antônio Reis do Carmo, armador, em Nazaré do Jacuípe; Antônio Luis Alves dos Reis, carpinteiro, em Conceição do Jacuípe; Jairo de Almeida Correia, ajudante prático, em Irará; Martinho Fernandes dos Santos, carpinteiro, em Conceição de Feira; e Manuel Bispo Pereira, ajudante prático, em São Miguel das Matas.Veja também:Nove operários morrem em queda de elevador de prédio em construçãoConstrutora nega que elevador que caiu com operários estava com problemas Nove operários morrem em queda de elevador de prédio em construção Veja nova galeria de fotos do acidente na construção Pelo menos 17 operários morreram em acidentes em Salvador nos últimos 12 meses Sindicato divulga lista com nomes de operários mortos em acidente na avenida ACM “Foi imprudência”, disse filho de um dos operários que morreu no acidente

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